quarta-feira, dezembro 05, 2007

Vingança d’Ouro

O vereador Manuel Ramos (CDU), que em 2006 denunciou um esquema de alegada corrupção na Câmara de Silves, foi processado pela construtora Viga d’Ouro, que se diz prejudicada com a denúncia. O Ministério Público já o constituiu arguido. Ironia suprema: quanto à alegada corrupção, ninguém é arguido, pois nada se sabe das investigações da PJ.

O único representante da CDU no executivo de maioria laranja promete não ficar calado e denunciar uma situação em que “se está a tentar matar o mensageiro” e em que, até agora, só foi apanhado “peixe miúdo”, conforme disse ao Observatório do Algarve.


Manuel Ramos afirmou que foi chamado ao Ministério Público há mais de um mês e foi-lhe anunciado que a empresa de construção civil Viga d’Ouro lhe tinha interposto um processo-crime, pelo que seria de imediato constituído arguido.

Uma vez que se trata de uma acusação de atentado ao bom-nome da empresa, que invoca que terá ficado prejudicada materialmente, é de admitir que a Viga d’Ouro faça acompanhar o processo de um pedido de indemnização cível.


O proprietário da construtora com sede em Armação de Pêra, António Aleluia, remeteu para o seu advogado qualquer tomada de posição sobre o assunto, mas o causídico escusou-se a falar ao Observatório do Algarve, invocando o segredo de justiça.


“Nem sequer quero o meu nome no artigo”, requereu.


O caso remonta ao início de 2006 e motivou um inquérito interno, cujo prazo para conclusões foi sendo alargado por iniciativa da presidente da câmara, a social-democrata Isabel Soares, com o argumento de que era preciso alargar o âmbito das investigações, mas também com a necessidade de mudar de instrutor do processo.

Finalmente, em Março deste ano, a autarca anuncia as conclusões do inquérito: cinco processos disciplinares, que acabaram por resultar na suspensão de dois funcionários da câmara - entretanto já readmitidos -, no arquivamento de outros dois processos e no envio à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de um quinto processo, por o funcionário em causa ter sido entretanto transferido para aquele organismo.


Além de duas funcionárias da divisão financeira do município com processos arquivados, foram suspensos o chefe daquela divisão e o encarregado geral dos serviços urbanos, mas o engenheiro dos mesmos serviços regressou à CCDR.


“Ao regressar à CCDR, esse engenheiro escapou ao processo e ao que sei até já foi promovido depois disso”, acusa Manuel Ramos, garantindo que um pedido de transferência para o organismo da Praça da Pontinha tinha sido recusado semanas antes, quando ainda não havia escândalo.


Pelo caminho, e sem consequências até ao momento, ficavam as buscas efectuadas pela Polícia Judiciária há precisamente um ano – a 4 de Dezembro de 2006 - na Câmara de Silves, que incluíram o gabinete de Isabel Soares. Até agora, não há fumo branco para os lados da PJ de Portimão.


O vereador comunista denunciou um alegado esquema de favorecimento que envolveu uma empresa de construção civil, a Viga d’Ouro, responsável por inúmeras obras no concelho, que beneficiaria de cinco milhões de euros em empreitadas sem qualquer concurso público.


De acordo com Manuel Ramos – que se limitou a trazer para a praça pública uma conclusão da direcção de Finanças de Faro -, para escapar à necessidade de concurso as empreitadas eram “pulverizadas” em fragmentos de mini-empreitadas de não mais de cinco mil euros cada, o que legalmente faz dispensar a obrigação de concurso.


“Entre 2004 e 2007 chegaram a facturar três vezes acima do preço normal de mercado”, reitera o vereador da CDU ao Observatório do Algarve, afiançando que o esquema passava sobretudo pela conclusão de obras não concluídas pelos empreiteiros anteriores.


As estradas e o saneamento básico eram os principais alvos, de acordo com o único membro CDU do executivo de maioria laranja, que sublinha que o afã das obras sem concurso se deveu em boa parte à necessidade de acabar obras nas vésperas das eleições autárquicas de Outubro de 2005, em que Isabel Soares foi reeleita.


O vereador comunista constituído arguido garante que, ao processá-lo, a Viga d’Ouro “abriu a caixa de Pandora” e promete revelações bombásticas para as próximas horas, com apresentação de novos documentos sobre o caso.


“Em todas as reuniões de câmara, o vereador Fernando Serpa [PS] pergunta se já há arguidos no caso e faz-se um silêncio. Na última reunião tive que dizer ‘agora já há sim senhor: sou eu!’”, relata com ironia o vereador ao Observatório do Algarve.


Fonte

terça-feira, novembro 13, 2007

A Burguesia Vive Muito Bem, Está à Vista...Mas qual Crise?!



Lusort investe 955 milhões em cidade «flutuante» em Vilamoura

A «Cidade Lacustre» é o novo empreendimento turístico, em Vilamoura, promovido pela Lusort.




O valor do investimento ronda os 955 milhões de euros, dos quais 100 milhões destinam-se a infra-estruturas e 525 milhões de euros em edificação.

O projecto com 316 mil metros quadrados conta com prédios residenciais, hotéis de luxo, zonas recreativas, desportivas e comerciais. «Trata-se de um conjunto residencial rodeadas por canais de água e lagos», refere a promotora, acrescentando ainda que «pequenos barcos privados e aqua-táxis de uso público, ligarão as várias pracetas do empreendimento à marina ou à praia».




Casas com pontos de ancoragem

A edificação das casas ao longo de canais e lagos é, de acordo com a Lusort, um dos principais pontos atractivos do empreendimento. «Ao longo dos lagos e canais, em contacto permanente com a água, vão ser edificadas moradias, isoladas ou em banda, apartamentos e dois importantes aldeamentos turísticos, um deles implantado numa das ilhas», refere.

Na área residencial vão ser construídos perto de 2500 imóveis, rodeados por canais de água com capacidade para cerca de 300 pontos de ancoragem «para embarcações afectas às residências ou aos condomínios», acrescenta.

Esta zona conta com residências unifamiliares, moradias em banda, dúplex e apartamentos. As tipologias destes últimos variam entre o T1, o T2 e o T3.


Fonte

E se Apostassem na Qualidade de Vida da Classe Média , Habitação a Custos Controlados...Creches Estatais...
Deveria haver uma maior atenção para o português médio, que para além de pagar os seus impostos, (e dos outros) leva a vida toda a pagar (a peso de ouro) a casa ao banco, educação para os seus filhos, roupa e alimentação com iva a 21%...etc.

Desses exorbitantes 955 milhões será que não sobra nada para edifícios de utilidade pública, nomeadamente creches, entre outros, como apoio à população e integração de quem vai viver e trabalhar neste local???




quinta-feira, novembro 08, 2007

OPS: Produtora de todas as formas de Fertilidade



A Deusa Mãe (Cibele/Reia) com o seu Filho ao colo



Maria e Jesus




O dia 8 de Novembro é consagrado a OPS, considerada equivalente a CIBELE, e a REIA, dos Gregos.


Na mitologia helénica, ou helenizada, OPS era mãe de CERES e de ZEUS, tendo-Os tido com CRONUS (equivalente a SATURNO).


OPS era considerada sucessora de GAIA (GAEA), que é a Deusa Mãe Terra.





Era profundamente venerada em Roma como sendo A nunca cessante produtora de todas as formas de fertilidade.





Ainda na mitologia, numa vertente mais orientalizada, teve um caso amoroso com um jovem de nome Atis, o qual se mostrou infiel, motivo pelo qual provocou a ira da Deusa. O consequente suicídio do jovem causou sofrimento à Deusa. Em comemoração deste acontecimento, os sacerdotes e as sacerdotisas (Coribantes) desta Divindade, celebravam uma orgia anual envolvendo actividades violentas (S&M?...).








Poderia esta celebração pagã, imensamente divulgada no mundo românico, ter algo a ver com a data religiosa do 8 de Novembro?





É sabido que os católicos, querendo a todo o custo abafar o Paganismo, tudo fizeram para absorver os elementos pagãos que, sendo demasiado fortes no seio das populações, não pudessem ser apagados.





Retirado do Forum LEALDADE SACRA

segunda-feira, novembro 05, 2007

Quem Semeia Ventos...Colhe Tempestades






Degradação total na cidade da Costa de Caparica...casas abandonadas a ruirem, e a tal "arte" urbana, ainda torna estes locais ainda mais vergonhosos...



Habitantes descontentes:



A CMAlmada e a sua presidente não perdem uma oportunidade de se auto-elogiarem. Desta vez e, a propósito do 30º aniversário do 25 de Abril, o Boletim Municipal ALMADA traz um caderno que resume o “grande trabalho” realizado pela autarquia almadense durante as últimas 3 décadas.
Entre o que é dito naquele dossier, destaque-se pela sua elevada profundidade, o facto de Almada ter evoluído. Uma coisa perfeitamente inaudita, como se qualquer um dos concelhos deste país não tivesse evoluído nas últimas 3 décadas !
O que interessa saber não é se Almada evoluiu, porque isso é óbvio, o que interessa saber é se evoluiu tanto como poderia ou por outro lado se o desenvolvimento registado foi harmonioso ou não.
E neste caso a resposta é negativa: Almada não evoluiu tanto como poderia pois é a própria CMAlmada o principal osbtáculo a que isso aconteça. Para mais o desenvolvimento não foi, de uma maneira geral, harmonioso. Continuou-se, tal como no tempo do Estado Novo, a promover um urbanismo selvagem, desregrado e sem qualidade. Isto até à actualidade.
Houve problemas que se mantiveram ao longo deste tempo, como por exemplo a recolha de lixo e a limpeza. Em 30 anos, os iluminados da CMAlmada não conseguiram resolver a contento estes problemas. Almada é sem sombras de dúvidas um dos concelhos mais sujos do país.
Dizem também respeitar o ambiente. Só se for a brincar. A CMAlmada queria até há bem pouco tempo construir uma coisa chamada de Via Turística. A dita coisa atravessaria a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica e para isso seria necessário o abate de centenas de árvores. Felizmente que, devido ao trabalho do advogado Sá Fernandes, o Supremo Tribunal Administrativo impediu a autarquia de construir tal aberração. A posição defendida pelo referido advogado nunca foi sequer aflorada nesse expoente máximo da democracia que dá pelo nome de Boletim Municipal ALMADA.
Aliás, no âmbito do POLIS da Caparica, prepara-se a mesma CM para construir parques de campismo no Pinhal do Inglês, tendo de abater, para isso, sensivelmente metade das árvores ali existentes. Como se comprova, MES é sem dúvida alguma uma grande protectora da natureza !
Das referidas ruas em terra batida que a CMAlmada diz existirem à data do 25 de Abril, é necessário informar a excelsa autarca almadense que passados 30 anos elas continuam a existir e não são tão poucas como isso.
Com a entrada em funcionamento das ETARs da Portinho da Costa e da Mutela, garante a CMAlmada que 100% das águas residuais do concelho são tratadas antes de ser lançadas no Rio Tejo. Basta saber se as ETARs funcionam mesmo ou se são só para fazer vista como há muitas por esse país fora. Pelo menos no que respeita ao fim das cheias na baixa da Cova da Piedade, que a CMAlmada prometeu irem desaparecer com a entrada em funcionamento da ETAR da Mutela, posso assegurar que ainda no Inverno passado elas aconteceram, para tanto tendo bastado uma chuvada forte de uma quarto de hora.
Refere também a CMAlmada que antes do 25 de Abril não havia árvores em Almada. Confesso que se há 30 anos não havia, agora também não há muitas. Aliás a CMAlmada é verdadeiramente alérgica à plantação de árvores. A Árvores e jardins !
Mesmo o Parque da Paz (publicitado como o maior parque urbano do país), apesar de estar em construção vai para 10 anos está longe de estar terminado, não se sabendo bem, pelo menos em alguns locais, se aquilo é um parque ou um matagal. É que uma obra daquela envergadura necessita de competência e na CMAlmada isso é coisa que não abunda. Assim, não é de estranhar que, segundo parece, a CMAlmada tenha solicitado à Universidade Técnica de Lisboa um projecto para finalizar o parque. Creio que, se tivermos sorte, antes de 2010 teremos o maior parque urbano do país. Só tenho dúvidas que tenhamos o “melhor” parque do urbano do país. Mesmo o lago existente no parque, depois de umas obras que por lá andaram a fazer, está praticamente seco. Quanto ao repuxo que havia no centro do lago, também ele desapareceu para parte incerta.
Das 11 freguesias do concelho, a maioria delas não possui um jardim a que se possa com propriedade dar esse nome; são elas a Trafaria, o Feijó, a Sobreda (está prometido um Parque Urbano para esta freguesia mas com o gosto que a CMAlmada tem por este tipo de investimentos, será de esperar que em vésperas da entrada no no século XXII a população da Sobreda possa finalmente usufruir desse espaço), a Caparica, a Costa de Caparica (está prometido um parque no POLIS com habitação no interior, a CMALmada é assim, gosta de ser sui generis), a Charneca de Caparica, Cacilhas e a Cova da Piedade.
Quanto à requalificação urbana, vamos de mal a pior. Exceptuando a requalificação de todo o espaço atravessado pelo MSTejo, não se vislumbra mais qualquer tipo de operação deste tipo. E mesmo na requalificação do espaço canal do MST, há que esperar para ver. Em primeiro lugar, porque tão atreita à asneira como é a CMAlmada, primeiro temos de ver o que vão fazer. Em segundo lugar, porque não basta construir, há que manter e esse é um grande problema em Almada. Normalmente, depois de inaugurados todos os equipamentos ficam, em geral, em auto-gestão, ou seja, entregues a si próprios. Também com o MST há que temer o pior: ou o concessionário faz a manutenção de todo o espaço urbano atravessado pelo MST ou então se estivermos à espera da CMAlmada, bem podemos esperar sentados. O que significa que, em pouco tempo, o espaço requalificado voltará a estar desqualificado.
Quanto à iluminação pública (sobretudo às estruturas de suporte), aí Almada é mesmo 4.º mundo. Desde a mais recôndita viela até à avenida mais central, nos candeeiros de iluminação pública vale mesmo tudo: luminárias diferentes (numa rua com 100 m, pode haver até 6 ou mesmo mais tipos diferentes), colunas de diferentes alturas (na mesma rua podem coexistir 3 ou 4 alturas diferentes), braços de comprimentos diferentes (na mesma rua podem haver 3 ou 4 diferentes medidas). Além disso, candeeiros de betão podem estar mesmo ao lado de candeeiros de metal. Nalguns dos poucos parques e jardins, há uns raquíticos candeeiros com cerca de 30 anos, roídos pela ferrugem.
A rotação na colocação de luminárias é um fenómeno verdadeiramente almadense: mesmo quando colocadas de novo, ao fim de um mês já a EDP (devidamente apadrinhada pela CMAlmada) anda a mudar a luminárias colocando outras, diferentes, já se vê.
Assim, se vê, mais um vez como a CMAlmada preza esta terra e como se preocupa com a requalificação e qualidade.

Em resumo, com esta CM, Almada está cada vez mais longe de ser um concelho de qualidade, onde dê gosto viver.

Porque faz a CMAlmada todas estas asneiras, ignoro-o.

De uma coisa estou certo, que vou continuar a lutar, por todos os meios ao meu alcance, pelo desenvolvimento desta terra que é a minha e que eu amo.


V. Santos
























Rudolfo Alemão
Costa de Caparica

Venho por este meio demonstrar o meu descontentamento em relação à situação actual da minha terra, a Costa de Caparica...Sendo comerciante, tenho verificado que de ano para ano a Costa tem-se degradado de uma forma muito acelerada, o que não consigo compreender. Como é que uma terra tão bonita com praias maravilhosas e bons restaurantes chegou ao ponto em que se encontra hoje?Desde lixo no chão das ruas, a mau ambiente social, a Costa está um estado lastimável, e sinto-me muito triste por isso. Nasci e cresci aqui, lembro-me de ser pequeno e ir a praia (quando esta realmente existia), de passear na rua dos pescadores, de entrar nas lojas que existiam há muito tempo onde todos nos conhecíamos por pertencemos a mesma terra, e agora o que há? Só há lojas do chinês, uma rua destruída e muito mal frequentada há noite. Praticamente todas as lojas têm fechado e receio que a minha vá pelo mesmo caminho...Reconheço que com o projecto da Polis, a Costa vá melhorar (o que já está a acontecer), mas até o projecto se concretizar o que será de nós? A Costa não tem nada atractivo, as praias ainda não estão acabadas, não existem estacionamentos, as pessoas não conseguem alugar as casas...É triste, por exemplo, ouvir de uma pessoa que nunca conheceu a Costa, quando cá chega dizer:" A Costa é isto?".O mal foi não se cuidar da nossa terra enquanto ainda era possível, agora não sei se é, pois está tão difamada que acho que já não tem remédio. Na minha opinião podiam por exemplo tornar a Costa mais atractiva organizando mais festivais de música, apoiando mais o rancho para que este desfile mais vezes, promovendo o dia de Nossa Senhora onde temos um desfile tão bonito que muitas pessoas gostaria de ver, enfeitar os bairros mais antigos nos dias dos Santos com fitas, música ao vivo, petiscos, actividades e muito mais...O que vai acabar por acontecer, é um fenómeno muito grave: os jovens vão acabar por ir embora ficando apenas a população envelhecida, que conheceu a Costa da Caparica de outros tempos e que acredita que esta voltará a ser o que era. Ainda existe esperança para uns. Porque não haver esperança para todos nós....?Não vamos deixar que questões políticas, financeiras ou outras quaisquer acabem com o tradicionalismo, a cultura e a beleza de uma terra como a Costa de Caparica. Vamos investir (mesmo com poucos recursos) na mediatização, na divulgação desta terra, vamos torná-la num óptimo ponto de turismo, vamos lutar juntos por uma terra mais limpa, mais cuidada e principalmente mais feliz, onde todos nos sintamos bem...Que venham todos os apoios pois serão recebidos de braços abertos!!!Espero que todas as minhas palavras sejam compreendidas, e que haja alguém que agarre na Costa e transforme num paraíso (que era o que deveria ser).Obrigado pela atenção.

Rudolfo Alemão
16/10/2007






Venho por este meio denunciar uma situação triste e deplorável, que alguém na Câmara Municipal de Almada ou na Junta de Freguesia da Costa da Caparica (apresento as duas possibilidades, pois não sei exactamente quem é a entidade responsável por esta actividade), deve urgentemente resolver. Trata-se do espaço junto ao cemitério da Costa (entre o muro do mesmo e o novo quarteirão de prédios aí recentemente construído), que tem sido sucessivamente utilizado como lixeira. Para além da questão cívica, existe a vertente higiénica, ou seja, ligada à saúde pública, bem como o aspecto do respeito pelo próximo, que passa necessariamente por uma formação humana que simplesmente não existe. Isto para não falar de estar em causa o espaço circundante a um cemitério, com toda a carga ético-moral — independentemente da religião em causa — que isso implica. Por outro lado, existe o facto importantíssimo de as crianças moradoras na zona brincarem nesse espaço, que inclusivamente é utilizado durante todo o dia como passagem por quem usufrui dos transportes públicos que cruzam a via rápida da Costa-Almada. Hoje mesmo, funcionários públicos despejaram lixo nessa zona, de forma incólume e totalmente descontraída, como se se tratasse da coisa mais natural do mundo.Há algum tempo atrás, funcionários de uma empresa ligada à distribuição e transporte de gás, após executarem uma obra de carácter público nesse mesmo lugar, deixaram o espaço repleto de detritos resultantes da intervenção. Limitaram-se a retirar a maquinaria e demais utensílios de trabalho, deixando todo o resto no local. Todos nós desejamos um concelho limpo e próspero onde possamos viver bem e com qualidade. Tem sido sempre esse o lema da Câmara de Almada e com o qual concordo inteiramente. E é precisamente por isso que denuncio esta situação, que insiste em arrastar-se.



Atenciosamente
Paulo Lopes









Caos nos acessos e no estacionamento às praias do Concelho de Almada
Ex.ma Senhora

No passado dia 27 de Março, do corrente ano, escrevi e dirigi V. Ex.ª, uma carta sobre as “Acessibilidades no concelho de Almada”. Decorridos quase quatro meses, não obtive nenhum “ai” nem “ui”, nem de V. Ex.ª, nem de nenhum responsável da autarquia, o que parece dar a ideia de que a mesma caiu em saco roto.

Mas, não me parece que haja saco onde ela possa caber, já que o seu conteúdo era de tal forma evidente, actual e comprometedor para a autarquia que o único sítio para onde ela deveria ser remetida, era para as mesas de trabalho de V. Ex.ª e dos técnicos de planeamento e urbanismo que essa Câmara, certamente, dispõe, pelo menos, para servir de lembrança daquilo que é urgente fazer!

Referi, na altura, que as vias de comunicação do concelho da Almada, vulgarmente designadas por estradas, na sua maioria, há largos anos, mesmo décadas, ou estão degradadas (com buracos, lombas, desníveis), ou sem passeios pedonais, ou estreitas (mal dimensionadas), ou sem betuminoso, irregulares no seu traçado, ou, simplesmente, não existem. Incluo nesta triste resenha, a falta de estacionamentos. Referi, também, que esta realidade tão ruim, que se constata no concelho de Almada, é apanágio de países terceiro-mundistas...

Agora, que a época balnear está no seu auge, as dificuldades provocadas por esta crua realidade, se evidenciam de uma forma notória. Chego a pensar que os responsáveis da C.M.A. não conhecem o concelho do qual têm a jurisdição, que não transitam pelas estradas que eu transito, que não frequentam as praias que eu frequento, que não vêem o que eu vejo. Das duas uma: ou vêem e consideram que é o governo que é o responsável e, por isso, se abstêm de actuar; ou, então, vêem mas acham que está tudo bem!

Eu diria que, em ambas as situações, a C.M.A. procede mal. Por um lado, não é ao governo que se tem que imputar responsabilidades relativamente àquilo que está no âmbito das competências das autarquias, aliás, previstas, na lei e são obrigações destas. Por outro, os cidadãos munícipes, mas, essencialmente, contribuintes, exigem dos poderes públicos, que estes se preocupem com a satisfação de todos os aspectos que contribuam para uma cada vez melhor qualidade de vida e, por isso, a Câmara e os seus responsáveis, se não têm capacidade de ver o que está mal e deveria ser corrigido, então, ao menos, oiçam os seus munícipes e não lhes façam “ouvidos de mercador” quando apresentam críticas e/ou sugestões fundamentadas e oportunas...
A faixa costeira, de finas areias - na qual se situam 25 praias, 7 das quais com Bandeira Azul - banhada pelo Oceano Atlântico, é usufruída, não só pelos residentes no concelho, mas, também, por uma população flutuante de cerca de 70000 munícipes dos concelhos vizinhos do Seixal, Sesimbra, Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Amadora, Odivelas, Loures, etc. que, anualmente o visitam.

Será que a C.M.A. se esqueceu de que o concelho que administra dispõe duma extensão de praias na ordem de 25 km, desde a Trafaria até à Fonte da Telha, e que os acessos a essas praias são do pior que há? Mais parecem acessos criados naturalmente, pela habituação da passagem do homem e dos automóveis, sem qualquer intervenção municipal!

Como disse, há décadas, que os responsáveis por este município nada fazem para alterar o degradante retrato que nos é oferecido, parecendo estarem satisfeitos com o horroroso cartão de visita que é apresentado a todos os portugueses/contribuintes que para ali se deslocam, muitos, deles, por uma questão económica, já que não têm posses para irem para outras praias mais distantes.

Mesmo, admitindo que algumas das obras necessárias não sejam, exclusivamente, da responsabilidade da autarquia, competiria a esta, em tempo oportuno, desencadear os contactos tidos por convenientes, com outros Serviços do Estado e/ou com o Governo, no sentido de manifestar a importância e a imprescindibilidade da sua realização...

Os cidadãos/contribuintes para atingirem as praias, o que lhes está garantido, é uma deslocação com demoras acrescidas e stressante (devido a terem que transitar por atalhos ou por caminhos impróprios e sem condições de escoamento do trânsito; devido a semáforos; estacionamento caótico, devido ao comércio, na passagem pela Charneca da Caparica; zizagueando para fugir às irregularidades do piso dos caminhos; trajectos em terra batida...). Para estacionar, é outro pesadelo: caminhos estreitos e impróprios, pó em suspensão, sujidade, promiscuidade (mesmo assim, carros dos dois lados, pessoas e carros a transitarem, ocupando os mesmos espaços, atenção redobrada, etc., etc.)...

Ao saírem das praias, outro calvário os espera: todos vão entroncar na via centenária, única existente, sem condições mínimas de circulação que, ou dá para a Costa da Caparica ou para a Charneca da Caparica. Esta é outra realidade que os eleitos camarários parecem desconhecer. Se, para chegar às praias, é penoso, para sair então é que “a porca torce o rabo”. É ver os carros parados durante dezenas de minutos (eu demorei mais de 60 minutos para me deslocar da Praia do Rei até ao Centro da Costa da Caparica), em fila contínua, com os ocupantes a estorricarem ao sol e a se lamentarem: será que ninguém vê isto?!

O panorama é caótico, mas, infelizmente, o caos, para muitos representa a normalidade. É este o espelho real das acessibilidades às praias do concelho de Almada. É neste caos que os munícipes do concelho de Almada e os que nos visitam têm vivido durante décadas. É este caos que, para a C.M.A., significa normalidade. São horas desconfortáveis perdidas devido à incompetência, à desorganização, à falta de planeamento, à incúria, à insensibilidade e ao desrespeito pelos munícipes.

De facto, não me posso conter perante tanta falta de respeito, como não posso deixar de denunciar o que considero uma afronta aos munícipes: a C.M.A. não investe nas acessibilidades, não cria estacionamentos grátis para as largas centenas de pessoas que, compreensivelmente, têm que se fazer transportar em viatura própria, não cria as condições suficientes e necessárias para obviar aos transtornos aqui evidenciados, mas criou parques de estacionamento pagos, explorados pela ECALMA, uma empresa municipal, cobrando um euro por cada viatura. Isto é uma completa falta de senso. É preciso não ter vergonha!

É caso para perguntar: com tantas falhas e carências, como é que as praias da Mata, Rainha, Castelo, Cabana do Pescador, Rei, Morena e Sereia, têm Bandeira Azul? Então a falta de acessibilidades capazes, as condições extremamente precárias de estacionamento e o pó permanentemente no ar das picadas terceiro-mundistas, não são um critério decisivo para a atribuição da bandeira azul?!

Ou seja, isto é tudo, menos qualidade de vida; isto é tudo, menos civilização; isto é tudo, menos – como diz o slogan - “Almada do lado certo”...

Segundo dados divulgados recentemente, a C.M.A. é o município do país menos endividado, tendo, até, dinheiro a prazo. Se os responsáveis da Câmara acham que isto é bom e já o disseram publicamente, estão, redondamente enganados. Isto é profundamente revelador da falta de ideias e de realizações verdadeiramente importantes e necessárias para os munícipes, algumas das quais já relatei. O dinheiro dos munícipes é para investir em obras prioritárias, susceptíveis de contribuírem para a sua qualidade de vida, por forma a abolir ou reduzir substancialmente os inconvenientes para a sua vida, aqui descritos.

Almada, assim, seguramente, não está do lado certo e muito menos, quando o diz, fazendo recurso abusivo da publicidade, que considero inoportuna e enganosa. Considero, aliás, uma afronta aos munícipes, o concelho ter tantas carências e o seu dinheiro estar a ser gasto em fogo de artifício, festas e festivais e, como se não bastasse, agora, também, na publicidade televisiva.

Deixem que sejam os munícipes a dizerem de sua justiça. Se eles sentirem que estão a ser bem governados eles saberão reconhecê-lo; não precisam que sejam os que estão mandatados a dizê-lo, quase sempre faltando à verdade. Tal, como não preciso que me anunciem, em letras garrafais, escritas num qualquer depósito de água “Que Almada tem água de qualidade”. A qualidade não se anuncia; sente-se, constata-se, verifica-se. Com este slogan, o mesmo é dizer que, se num dado momento, a água estiver menos boa para consumo, o que sobressai é o que está escrito, quando isso não é verdade. A isto chama-se manipulação demagógica.

O valor do ser humano está no que é capaz de realizar, não no que apregoa.

Em de vez de anunciarem que “é bom viver em Almada” e que “Almada está do lado certo”, bom seria que criassem, de facto, as condições para tal, fazendo ou mandando fazer as obras necessárias que, tenho a certeza, já teriam sido feitas, se o executivo tivesse outra composição política. Sem me referir a nenhuma força política, em especial, o executivo da C.M.A. que dê umas voltas pelo país e veja os bons exemplos de requalificação que algumas autarquias levaram a cabo: vejam o que foi feito em Oeiras, com o excelente passeio marítimo; vão a Portimão e a outros concelhos algarvios e vejam as inúmeras e adequadas vias de acesso às praias, com vastas zonas devidamente tratadas e ajardinadas. Ao menos, tenham o bom senso de reconhecer que Almada parou no tempo!

A democracia participativa, felizmente, permite ao cidadão informado e esclarecido, denunciar estas arbitrariedades e esta ausência de assunção do dever. Dever que deveria ser uma preocupação constante e posto em prática pelos eleitos.

O tempo em que vivemos não se compadece com incúria, irresponsabilidade e laxismo. Como munícipe, estarei na primeira linha da denúncia pública sempre e quando achar que os direitos dos cidadãos/munícipes não estão a ser respeitados ou quando verificar que os eleitos não cumprem as obrigações para que estão mandatados.

Os meus cumprimentos.
Inácio Silva










Costa da Caparica

Freguesia sem concelho
Cidade com presidente de junta de freguesia

Não quero entrar em conversa de comadres, mas diga-me quem puder, o que é que já foi feito, com resultados, sobre o problema da zona costeira, da Costa da Caparica, é areia demais para a minha camioneta, mas não a suficiente para resolver o problema.
Quem ao longo destes anos, foi responsável, quem assume, quem dá a cara. O problema não é de hoje, nem deste ano que acabou. Fizeram pontões nada resolveu, trouxeram uma camioneta de areia, desapareceu. Esquecem que há mais marés do que marinheiros e algumas bem vivas, mais do que os políticos desta terra, e também mais certas, porque mais tarde ou mais cedo elas aparecem. Os nossos responsáveis políticos, há quem não os veja, fazem artigos nos jornais, aparecem na televisão e o que me chateia é que eles falam, falam, falam e eu não os vejo a fazer nada.
Pouca gente sabe que a areia que agora nos faz falta, é aquela que tiraram para as obras da Expo e para as praias da zona de Cascais.
É claro que os problemas desta cidade que temos, não se resumem aos da zona costeira, alguns são comuns a outras cidades deste país que é nosso, outros são mais pitorescos.
Como todos sabemos não temos hospital, mas temos um “lindo” posto de saúde, é claro que para termos consulta temos de ir umas “horitas antes, lá pelas seis da manhã, pode ser que tenha a sorte de conseguir uma das dez senhas que são distribuídas. Corra, morra de frio, apanhe uma bruta constipação mas vá cedo. Para medir a tensão arterial só em dias específicos, faça os possíveis para não se sentir mal, nos outros dias, vai desorganizar o serviço e obrigar os funcionários a horas extras, pelo tempo que demora a tirar o aparelho da bolsa a dar à bomba.
Uma coisa que é normalíssima no nosso serviço de saúde, são os médicos estrangeiros, maioritariamente espanhóis. Mas no posto da Costa da Caparica ele é dos países de leste, para compreender e fazer-se compreender foi algo do outro mundo, nem fazendo desenho.
E as urgências no nosso posto funcionam até às oito da noite (era até às dez) e mais não fazem do que uma triagem, mas como poderiam fazer mais sem meios de diagnóstico, não podem fazer uma análise, nem uma radiografia, nada. É um serviço inútil em algo que não seja, uma simples constipação, ou naquelas coisinhas corriqueiras, simples de diagnosticar, muitas vezes arrisca-se a diagnóstico da moda “é um vírus”.
Vou só falar de mais uma coisa, os transportes: carros viaturas em terceira mão, profissionais que parecem escolhidos a dedo “salvo raras excepções”. Em Lisboa damos a volta à cidade por um euro e dez cêntimos aqui para irmos da Trafaria à Costa pagávamos um euro e sessenta e quatro cêntimos mas em Janeiro já aumentou. Eu é que estou desactualizada. As viaturas avariam constantemente, muitas delas fazem barulhos esquisitos, de fazer inveja aos melhores filmes de terror. As portas essas dependem do menu, umas vezes não fecham outras não abrem, para sabermos o destino a maior parte das vezes temos de ser de Olhão e jogar pelo Boavista, para ler o quadrado de papel. Quando uma se avaria, não há substituição mas quem se rala, o dinheiro dos passes já lá está e livro de reclamações não existe. Uma das cenas mais engraçadas a que assisti, foi um condutor a presentear os passageiros com adjectivos pouco próprios e a ameaçar os passageiros que só deixava sair em Cacilhas (estávamos no Monte da Caparica), isto pelo simples facto de termos reclamado é que o condutor foi tão simpático que não deixou sair um senhor cego pela porta da frente.
Novos episódios em breve.
Até logo e por favor, não ignorem, não esqueçam, não finjam que não vêem.







Costa da Caparica

Os anos setenta e oitenta trouxeram-lhe fama e turistas. As muitas praias, de água morna e areais enormes pareciam pequenos imans para os lisboetas que aproveitavam aquele espaço, tão perto de casa, para fugirem por umas horas às rotinas a que se tinham habituado.
Claro que a fama trouxe os primeiros problemas.
Começaram a florescer parques de campismo de reduzidas condições, amontoados uns em cima dos outros... depois surgiram as casas clandestinas, as barracas de vendas e uma série de outras coisas que desfiguraram a bela vila piscatória.
Felizmente os anos noventa exterminaram alguns dos problemas que cresciam a olhos vistos. A costa foi reordenada, acabaram-se as barracas, as casas clandestinas, apareceram bares de praia, espaços de lazer...embora os malditos parques lá continuassem.
Infelizmente o reordenamento foi caótico.
Nos anos seguintes viu-se o mar reconquistar muito do terreno perdido para as praias- por falta de manutenção. Depois, a vila que anteriormente era principalmente de pescadores e de gente da terra, começou a ser tomada de assalto por brasileiros, que procuravam naqueles paragens um local semelhante ao de casa. Em pouco tempo a vila descaracterizou-se. Passou a ser a maior colónia brasileira com tudo de bom, mas principalmente com tudo o de mau que tem. As cores verde e amarelo tornaram-se as rainhas, o sotaque simpático dos pescadores tornou-se cantado e chato, a simpatia virou a chata da paquera...
Sem poder expulsar brasileiros, mas com vontade de mudar a Costa da Caparica (não conseigo escrever de Caparica, pois acho que soa mal apesar de saber que não há nenhum da no nome desta vila), a câmara de Almada resolveu dar-lhe novo abanão. Porém fê-lo de forma caótica.
Proliferam agora as barracas, as redes de construções inacabadas, os barcos perdidos em areais, o caos e a confusão, numa vila que nunca foi magnífica, mas que nunca mais voltará a brilhar. Os restaurante, poucos que por ali sobreviviam à custa da fama ganha nos anos oitenta desapareceram dando lugar a comes e bebes de segunda categoria. Até o maldito Barbas ficou com má fama.
E as praias...ai as prais... as da linha da vila desapareceram. Tornaram-se apenas paraíso para quem procura ondas, nas praias, que hoje já nem areia comportam. Outrora local de romaria de famílias, hoje apenas são visitadas pelos malucos das pranchas de surf, que encontram ali espaço para as suas habilidades...
Resta sonhar que a Costa um dia volte a ganhar algum do brilho que teve no passado. Mas esse sonho está looooooooooooooooooooooooooooooonge


Psyhawk









Joana Saraiva
Monte da Caparica

'Mudei-me' para o Monte da Caparica após viver 20 anos na Amadora, e foi com grande tristeza que constatei ser esta zona é 1000 vezes pior do que o sítio onde cresci e vivi e que é considerada como zona perigosa.
Não há policiamento nenhum nem segurança. É horrível. Nem se sequer se pode ir ao supermercado mais próximo, quanto mais dar um passeio pelas redondezas! Nos prédios com garagem há consecutivamente marginais a tentarem assaltar carros ou levar bicicletas. A zona envolvente é suja e degradada. Há grafittis insultuosos espalhados pelas paredes que outrora eram brancas. Não há serviços mínimos de conforto e civilização. Os vizinhos resolvem fazer festas para a família toda, no meio das pracetas com música aos altos berros e outros resolvem fazer corridas de automóveis às tantas da manhã!Pensei que pelo menos a zona de praia da Costa tivesse alguma qualidade mas não! O calçadão para as pessoas caminharem está cheio de buracos e os restaurantes circundantes têm mau aspecto. O programa Polis é uma anedota... Colocarem relva ao pé da praia???Depois há outra grande desgraça que é o trânsito para a Ponte 25 de Abril. Não há um único dia que não se faça em mais de uma hora um caminho que se podia fazer em 15 minutos e não há alternativa a isto! Tenho um trabalho comercial e preciso ir de carro para Lisboa. No entanto ficava-me caríssimo comprar o passe misto. O pouco que se poupa não compensa!Já estou a ver casa em Lisboa para sair dali o mais rápido possível. Acreditem que a Amadora melhorou muito com o passar dos anos e, infelizmente, nesses mesmos anos a Costa cada vez está pior! É que não se vê um único esforço para tornar a zona bonita! Reparei que a coisa piora consideravelmente se temos o azar de ficar doentes e ir parar ao hospital Garcia da Horta... Parece que estamos num país de 3º mundo !!!
Deixo a minha indignação porque ainda existirem sítios assim no final de 2007 em Portugal. É obra ! (ou falta dela)
























Pedro Costa








Costa de Caparica
Enquanto morador da Costa de Caparica, venho mostrar o meu desagrado (tal como o de muitas outras pessoas que não o manifestam), pelo péssimo "Bilhete Postal" com que se deparam os visitantes e moradores desta terra, que é o aglomerado de barracas clandestinas que crescem cada vez mais, logo na entrada da Costa de Caparica, do lado oposto ao cemitério. Já é uma vergonha, chegar à Costa e deparar-se com essa desagradável vista. Será que quem tem autoridade e poder, para acabar com este desgoverno que esta terra sofre, não pensa duas vezes. Será que não vêem que à porta dessas barracas existem dezenas de carros, que em cima dos seus telhados existem dezenas de parabólicas e no seu interior existe sei lá o quê...?
Será que o Presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, Sr. António Neves, bem como a Presidente da Câmara Municipal de Almada, Sra. Maria Emília de Sousa, gostariam de ter à sua porta uma vista como esta. Decerto que não. Pois façam alguma coisa, pelo menos pelas pessoas que visitam esta Freguesia, já que não o fazem pelos moradores da mesma.
"Tenham respeito, pelo menos pelos mortos, que vivem do outro lado da rua"PC"











Maria Lopes
Costa da Caparica

Na Av. Humberto Delgado realiza-se, diariamente, uma feirinha. Ao fim da tarde, quando se vão embora, fica em mísero estado, tanta é a sujidade que os feirantes deixam no local. Será demasiado exigir às pessoas que estão ali para fazer o seu negócio deixarem aquele espaço limpo? Ou então ser-lhes retirada a autorização para permanecerem ali.Ainda falando da mesma Avenida onde seria um sitio agradável para se passear, temos que levar com os caixotes do lixo mesmo em frente dos restaurantes. Será que não é possível passá-los para a rua das traseiras? Na esquina da Av. Humberto Delgado com a Rua Eng. Henrique Mendia. existe um espaço de terreno que está permanentemente sujo. Nunca foi arranjado para parque de estacionamento, ou para um pequeno jardim. Enfim é mais um depósito de lixo onde as pedras da calçada já voaram e permanece tudo num caos. E já agora que estamos a começar a época balnear será a melhor altura para esburacarem a praia, para construir mais sabe-se lá o quê? Havia tanta coisa para dizer duma praia que poderia ser a melhor dos arredores de Lisboa e que ninguém cuida. Fotografei a publicidade dos partidos em campanha eleitoral e só pergunto: quando são cumpridas as promessas?






Sérgio Simões
Monte de Caparica

Boas, O meu nome é Sérgio Simões sou residente no passeio de Alcaniça - Bloco 2, sempre paguei os meus impostos, cumpri o serviço militar e trabalho arduamente. Enfim, contribuo para o desenvolvimento do pais. Gostaria de saber o porquê de esta zona estar entregue a GNR da Trafaria, quando a PSP fica muito mais perto. Já fui obrigado a telefonar para a GNR varias vezes por causa do barulho aqui existente à noite, especialmente domingo, sendo segunda-feira dia de trabalho para muita gente, e sempre que telefonei nunca apareceu nenhum carro de patrulha. O café (café Madrid), que mais parece uma discoteca, tendo a musica muito, mas mesmo muito alta chegam a finalizar o som às 2 da manhã. Quer dizer que, para quem acorda às 6 da manhã e tem um filho de quatro anos que não se deita, logicamente, à hora dita , é bastante complicado. Uma das vezes que telefonei, disseram-me, muito arrogantemente, que eu deveria apresentar queixa sabendo eles muito bem que apresentando queixa poderia sofrer represálias. Tenho a minha mulher e o meu filho de 4 anos e jamais faria algo que pudesse mete-los em problemas, o que eu (e não devo ser o único de certeza) gostaria que se fizesse era que tentassem mudar a jurisdição desta para a PSP de Almada que penso eu é bastante mais eficiente e organizada, e depressa acabaria com o barulho, a violência, o tráfego de droga, etc., etc... Neste momento, estou bastante desiludido com a GNR e gostaria que alguém pudesse fazer alguma coisa pois aqui nesta zona que apesar de ser uma zona bastante “complicada” vive aqui bastante gente boa, honesta e trabalhadora... Vou reclamar e escrever cartas a todas as entidades que eu penso que poderão mudar esta situação que se prolonga há bastante tempo.....Sem mais agradeço e me despeço com os meus sinceros cumprimentos.
Sérgio Simões





Mónica silva Diogo
Costa de Caparica

Costa de Caparica!!!!!!Sou moradora da Costa tal como podem ver na morada atrás mencionada, gosto muito da Costa mas tenho muito desgosto do estado em que a Costa chegou... Suja, degradada, excessivamente cara, sem mercado de emprego...enfim podíamos gastar esta folha toda só com descontentamento!Na praça onde moro é uma vergonha de limpeza, tenho uma área em frente de casa que só serve para fazer a feira do artesanato no verão e para os excrementos dos cães no inverno! O centro da Costa já melhorou um pouquinho mas a maior parte das vezes parece aquelas ruas dos filmes do Texas onde estão os cowboys todos sentados a espera de quem solte o primeiro tiro! Vergonha! É um sitio demasiado pequeno para que haja tanta insegurança!Parque Infantil????? Alguém me diz onde posso levar o meu filho de 2 anos? Um baloiçozinho, um escorrega, qualquer coisa assim onde ele brinque...? Claro, sem ser o da INATEL! Cinema????? Eventos para as crianças??? Ou seja, temos praia e com sorte!!!!!! Tenho pena, gosto muito disto.....










Carlos Pedroso

Caparica
Este ano a Urbanização Jardins Filipa d'Água, tendo sido alvo de vários actos de vandalismo, já é a 4ª vez que acontece só este ano, os Vândalos dão preferência aos parqueamentos dos prédios onde arrombam portas, portões, danificando as respectivas fechaduras, pintam paredes com palavrões, estragam automóveis, e bicicletas, e pouco ou nada roubam, é só estragos e prejuízos.Também nesta zona, existem vários muros e paredes grafitadas, cujas mensagens nada dizem a ninguém, só criam má imagem a esta zona. O grave de tudo isto é que as autoridades GNR/Trafaria, Almada, assim como a CMA, têm conhecimento e nada fazem.Existe um slogan da CMA, que diz: "É bom Viver em Almada", será?Aqui deixo o meu desabafo, obrigado.





Carlos Pedroso
Monte da Caparica

Antes de mais, queria agradecer a V. Exas., a rápida intervenção na limpeza de arbustos e ervas no passeio da Av. Torrado da Silva, em Alcaniça Monte da Caparica. Também queria reclamar o seguinte:Reclamei +/- 15 dias há CMA, a limpeza dos Jardins envolventes da Urbanização Jardins Filipa d'Água, no Monte da Caparica, da qual obtive resposta que este espaço publico, era na responsabilidade do IGHAPE, agora com outra designação.Eu pergunto, se não é a CMA, que é responsável pela limpeza dos espaços verdes e públicos de cada região?Pois este espaço não é privado, e o que custa, é que este espaço verde, têm já várias infra-estruturas, que não estão a ser aproveitadas pelos cidadãos desta localidade por falta de limpeza em todo o seu espaço, e também por falta de segurança. Este espaço, da forma como está abandonado +/- 6 anos, é um crime.Pergunto se a Comissão de Moradores da zona, não pode assumir a responsabilidade do mesmo.Grato, pelas providências, que venham a tomar sobre o assunto exposto, apresento os meus cumprimentos,Carlos Pedroso

Fonte 1
Fonte 2

terça-feira, outubro 30, 2007

Lousã: Terra de Tradições

(clicar nas imagens para aumentar)





Feira da Castanha e do Mel Da Lousã



- Lousã -


Realiza-se na Lousã, no 1º ou 2º fim de semana de Novembro, sempre antecedendo o S. Martinho.
É uma Feira de Mel certificado e não certificado dos Concelhos que integram a Região Demarcada de Mel de Montanha da Serra da Lousã.
É uma Feira de Castanha, procurando-se promover o aproveitamento e rentabilização dos Castanheiros da Serra da Lousã.



Tem também uma vertente de venda de produtos derivados do mel (aguardentes, licores, velas de cera, etc.) e da castanha (doçaria) e uma importante vertente gastronómica.



A Feira está, ainda, aberta a organizações ambientalistas e de actividades de ar livre (ex. QUERCUS, FAPAS, CNE), aos estabelecimentos de ensino e a todos quanto tenham alguma ligação a estas temáticas (empresas de reciclagem, Serviços Florestais, etc.).




Onde Passear:



O destino que obrigatoriamente se nos impõe de seguida, é a Serra da da Lousã com as suas Aldeias Típicas em Xisto.



Indo pela Estrada em direcção a Castanheira de Pêra (EN 236), deparamos com a Aldeia Serrana do Candal, com o seu pitoresco casario em Xisto, a 10 Km da Vila da Lousã.



Depois pode seguir-se até ao Alto do Trevim, ponto mais alto da Serra da Lousã (1204 m/alt.), onde se fica extasiado com o que a vista alcança.



Outra das alternativas, é ir até à "Catraia da Ti Joaquina", local onde existe uma placa com indicação para Cacilhas, iniciando assim o percurso de volta à Lousã pela Estrada Florestal.



Descendo pela Estrada Florestal somos presenteados por um conjunto de Aldeias Serranas em Xisto e por uma Serra Verdejante riquíssima em Fauna e Flora.



É também possível desfrutar dos prazeres de uma caminhada desde o Castelo até às Aldeias Serranas do Talasnal e do Casal Novo, bastando para isso que disponha de cerca de 3 horas e de um calçado confortável.



Gastronomia:


A gastronomia tradicional é típicamente Lousanense, pode ser vista e consultada no nosso "Roteiro de Gastronomia", disponível na Biblioteca Municipal da Lousã, ou no nosso Posto de Turismo. No entanto as Migas de Bacalhau, o Cabrito Assado, assim como a Chanfana e a Tijelada, são embaixadores da nossa genuína gastronomia tradicional.

XXVII FESTIVAL NACIONAL DE GASTRONOMIA DE SANTARÉM E CONGRESSO NACIONAL DOS PROFISSIONAIS DE COZINHA


O Festival Nacional de Gastronomia de Santarém decorrer de 18 de Outubro a 4 de Novembro.


Se estiver interessado em algum destes almoços regionais, os bilhetes para o ingresso para os diferentes dias estão á venda na agência de Viagens Plenotur através dos contactos: 243 333 022/38.


PROGRAMA (aqui)


domingo, outubro 28, 2007

Povo Livre...Símbolo da Actividade...Traz Consigo a Vontade e a Soberania Nacional!

Indiferença em Política
Um dos piores sintomas de desorganização social, que num povo livre se pode manifestar, é a indiferença da parte dos governados para o que diz respeito aos homens e às cousas do governo, porque, num povo livre, esses homens e essas cousas são os símbolos da actividade, das energias, da vida social, são os depositários da vontade e da soberania nacional.
Que um povo de escravos folgue indiferente ou durma o sono solto enquanto em cima se forjam as algemas servis, enquanto sobre o seu mesmo peito, como em bigorna insensível se bate a espada que lho há-de trespassar, é triste, mas compreende-se porque esse sono é o da abjecção e da ignomínia.

Mas quando é livre esse povo, quando a paz lhe é ainda convalescença para as feridas ganhadas em defesa dessa liberdade, quando começa a ter consciência de si e da sua soberania... que então, como tomado de vertigem, desvie os olhos do norte que tanto lhe custara a avistar e deixe correr indiferente a sabor do vento e da onda o navio que tanto risco lhe dera a lançar do porto; para esse povo é como de morte este sintoma, porque é o olvido da ideia que há pouco ainda lhe custara tanto suor tinto com tanto sangue, porque é renegar da bandeira da sua fé, porque é uma nação apóstata da religião das nações - a liberdade!

sexta-feira, outubro 26, 2007

Política de Interesse


Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição.


Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações.


A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.


A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio.


A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.



Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867)

quinta-feira, outubro 25, 2007

A Glória em Função dos Feitos e das Obras


Enquanto a nossa honra vai até onde somos pessoalmente conhecidos, a glória, pelo contrário, precede o nosso conhecimento e leva-o até onde ela mesmo consegue ir.

Todo o indivíduo tem direito à honra; à glória, apenas as excepções, pois apenas mediante realizações excepcionais é possível atingi-la. Tais realizações, por sua vez, são feitos ou obras. A partir deles, abrem-se dois caminhos para a glória. Antes de mais nada, é o grande coração que capacita para os feitos; para as obras, a grande cabeça. Ambas possuem as suas próprias vantagens e desvantagens. A diferença principal é que os feitos passam, e as obras permanecem.


Dos feitos, permanece apenas a lembrança, que se torna cada vez mais fraca, desfigurada e indiferente, e que está até mesmo fadada a extinguir-se gradualmente, caso a história não a recolha e a transmita para a posteridade em estado petrificado. As obras, pelo contrário, são imortais e podem, pelo menos as escritas, sobreviver em todos os tempos. O mais nobre dos feitos tem apenas uma influência temporária; a obra genial, pelo contrário, vive e faz efeito, de modo benéfico e sublime, por todos os tempos. De Alexandre, o Grande, vivem nome e memória, mas Platão e Aristóteles, Homero e Horácio ainda existem, vivem e fazem efeito imediatamente.

Outra desvantagem dos feitos é a sua dependência da oportunidade, que primeiro tem de fornecer a possibilidade para que eles se produzam, de onde resulta que a sua glória não se ajusta unicamente ao seu valor intrínseco, mas também às circunstâncias que lhes conferiram importância e brilho.

Ademais, se os feitos são puramente pessoais, como na guerra, então a fama depende da asserção de poucas testemunhas oculares. Ora, estas não estão sempre presentes e, caso estejam, nem sempre são justas e imparciais. Por outro lado, por serem algo prático, os feitos possuem a vantagem de estar ao alcance da faculdade de juízo universal dos homens. Logo, se os dados lhe são correctamente transmitidos, a justiça é-lhes rendida de imediato, a não ser que os seus motivos só mais tarde sejam correctamente conhecidos ou justamente apreciados, pois, para a compreensão de cada acção, requer-se o conhecimento do seu motivo.

Com as obras dá-se o inverso: a sua origem não depende da oportunidade, mas unicamente do seu autor, e o que elas são em si e para si permanece pelo tempo que durarem. Nesse caso, em contrapartida, a dificuldade está no julgamento e é tanto maior quanto mais elevado for o género dessas obras; amiúde faltam juízes competentes, imparciais e probos. No entanto, a sua glória não é decidida por uma instância; há lugar para a apelação. Pois, como dito, enquanto só a lembrança dos factos chega à posteridade e, em verdade, da maneira como os contemporâneos a transmitem, as obras, pelo contrário, chegam elas mesmas e tais como são (salvo alguns fragmentos desparecidos).



Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'


Glória aos Nacionalistas!
as excepções atinguem a Glória.
Os Nacionalistas são excepcionais e praticam Feitos Únicos, daí alcançarão a tão esperada Glória.

segunda-feira, outubro 22, 2007

O Efeito da Verdadeira Maturidade




A alternância de amor e ódio caracteriza, durante muito tempo, a condição íntima de uma pessoa que quer ser livre no seu juízo acerca da vida; ela não esquece e guarda rancor às coisas por tudo, pelo bom e pelo mau.

Por fim, quando, à força de anotar as suas experiências, todo o quadro da sua alma estiver completamente escrito, já não desprezará nem odiará a existência, mas tão-pouco a amará, antes permanecerá por cima dela, ora com o olhar da alegria, ora com o da tristeza, e, tal como a Natureza, a sua disposição ora será estival, ora outunal. (...)

Quem quiser seriamente ser livre perderá de mais a mais, sem qualquer constrangimento, a propensão para os erros e vícios; também a irritação e o aborrecimento o acometerão cada vez mais raramente.

É que a sua vontade não quer nada mais instantaneamente do que conhecer e o meio para tanto, ou seja, a condição permanente em que ele está mais apto para o conhecimento.


Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'



Ser Mãe é atingir a Maturidade!

terça-feira, outubro 16, 2007

Entrevista Com o José Pinto-Coelho: "Eu Sei Que Você Sabe", Mas o Entrevistador é Que Nada Sabe...A Não Ser Fazer o Jogo do Sistema!

Entrevista no programa "Eu Sei Que Você Sabe" (AQUI)

José Pinto-Coelho, do Partido Nacional Renovador, diz querer varrer a Maçonaria da face da Terra e que os criminosos estão todos na Cova da Moura - e mesmo aqueles que já cá nasceram não são portugueses…





O jornalista não foi profissional...mais parecia uma gravação do sistema, um nigger lover todo queimadinho...

Deve ter algum trauma, como a Cândida, certamente!

Para além de dar a sua opinião em tudo, fazia afirmações descabidas, provocava acerridamente utilizando um discurso de gente limitada, que metia nojo.

O JPC teve nervos de aço para conseguir aguentar aquele palerma. Sinceramente o jornalismo está podre e pessoas como o senhor que "entrevistou" o JPC, não merecem o titulo de jornalistas, e sim de cassete do sistema.




segunda-feira, outubro 15, 2007

Conferência - "Europa Federal e Globalização" - Lisboa, 20 Outubro






Sendo essencial promover o debate sobre a evolução do conceito "Europa", ao longo dos tempos, irá realizar-se no próximo dia 20 de Outubro, em Lisboa, uma conferência europeia subordinada ao tema "Europa Federal e Globalização".




Contamos com a presença de todos os nacionalistas!!!


sábado, outubro 13, 2007

Tudo ilegal! Sintra, Margem Sul e Algarve...Uma Maravilha!

Supremo Tribunal Administrativo rejeita reclamação da REN. Linha de Muito Alta Tensão ligada pode estar “ilegal”


Supremo rejeita reclamação da REN. Linhas de Muito Alta Tensão estão "ilegais" enquanto ligadas, garantem advogados de Monte Abraão. Fátima Campos quer que a REN tenha um prazo para desligar a corrente que passa nas linhas que ligam Fanhões a Trajouce.



A notícia chegou à junta de freguesia de Monte Abraão quarta-feira ao final da tarde. O Supremo Tribunal Administrativo rejeitou a reclamação apresentada pela REN face à ordem para desligar a Linha de Muito Alta Tensão que liga Fanhões a Trajouce. Fátima Campos, presidente de junta de Monte Abraão, revelou que o argumento utilizado pelos juízes no seu despacho foi “não haver matéria para reapreciar”. Os advogados da junta de freguesia asseguram que linha está em “ situação ilegal”, confirmou a autarca.

Os advogados ao serviço de Monte Abraão admitem que a REN ainda pode recorrer a cada um dos juízes do Supremo Tribunal Administrativo e ao Tribunal Constitucional mas a decisão deverá ser cumprida imediatamente, pelo que terá efeitos na acção principal, com início a 19 de Outubro, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra.

À rádio TSF, a autarca de Monte Abraão mostrou-se “bastante optimista”. Fátima Campos diz que “os postes vão abaixo. Se é melhor enterrar, que se faça, se é melhor utilizar subestações que se faça em alternativa. Não estamos contra as alterações da linha, mas deverá ser a REN a assegurar as alternativas”.

O próximo passo, informou a presidente, é informar o Supremo Tribunal Administrativo de que as linhas estão a funcionar, solicitando que o colectivo de juízes estabeleça um prazo para o cumprimento da decisão da REN. O pedido deverá dar entrada do STA ainda durante o dia de hoje.



Alvor de Sintra

sexta-feira, outubro 12, 2007

Visões bem esclarecedoras sobre a "grande" Obra...


O METRO SUL DO TEJO E O FUTURO



Na última semana de Setembro, a Assembleia Municipal de Almada reuniu uma vez mais, com uma extensa Ordem de Trabalhos. Dessa extensa ordem do dia, constava a autorização da cessão das últimas parcelas do domínio público municipal à concessionária Metro Transportes do Sul.


A Assembleia Municipal votou maioritariamente a cessão da proposta.


Chega pois ao fim a saga do Metro!


Importava fazer um balanço, aprender com os erros, enfatizar o bom desempenho, tirar conclusões. Desde logo reafirme-se o velho adágio português, “ não há bela sem senão…”.


Em primeiro lugar importa sublinhar que o Metro Sul do Tejo é obra dum Governo Socialista, dum Governo da República. Este desígnio socialista é hoje partilhado pela maioria dos eleitores, Almadenses e Seixalenses.


Se há Metro Sul do Tejo, tal se deve a lucidez, pertinácia e comportamento esclarecido de dois Ministros, do saudoso Sousa Franco e João Cravinho.


Como dissemos atrás, não há bela sem senão! Em primeiro lugar, os trajectos escolhidos pelos Municípios de Almada e Seixal.


Não se percebe por que é que Metro Sul do Tejo não passa junto à Margueira, junto à futura Cidade da Água. Também não se percebe por que é que o Metro Sul do Tejo não passa junto do Hospital Garcia de Orta.


A solução final adoptada para o triângulo da Ramalha não é totalmente satisfatória para os moradores. Tal se deve à teimosia da Câmara Municipal de Almada que é a entidade que gere o espaço e o território em Almada.

O articulista defendeu no ano de 2001 que o Metro Sul do Tejo devia ser subterrâneo na área urbana consolidada da cidade de Almada, ou seja, entre o Largo de Cacilhas (largo Alfredo Dinis – Alex) e o Centro Sul (Largo 1º Maio).


Continua convencido da justeza da sua opção. Não só trazia desenvolvimento à Cidade e não sacrificava a qualidade de vida. A Cidade não ficaria desfigurada. O pequeno comércio que tem vindo a ser maltratado, com esta opção, terá a sua morte anunciada. Nessa altura, o articulista foi fortemente atacado.


Foram aduzidos dois argumentos para que o Metro Sul do Tejo fosse subterrâneo. O primeiro argumento é que o terreno, a geologia não permite. O segundo argumento é que a verba seria monstruosa. Nada mais falso!



quarta-feira, outubro 10, 2007

É a Ganância...


Costa da Caparica: a novela continua



Em Abril do ano passado publiquei uma crónica, como Provedor do Leitor, com o título “Costa da Caparica: foi um mar que lhe deu…” acerca das atribulações das dunas na praia da Costa da Caparica assim como das reacções, mais ou menos descabidas, de alguns intervenientes na apreciação do tema.
Passados alguns meses o assunto, que era de âmbito local, passou a ser nacional com aberturas nos Telejornais e copiosa informação, sempre acompanhada por fotografias mais ou menos dramáticas, publicada nos principais jornais nacionais. O nosso jornal continuou a acompanhar o assunto mas, talvez devido à proximidade do local e da experiência anterior sobre ao assunto apresentou sempre uma informação menos sensacionalista do que a maior parte dos seus colegas.

Em relação a Abril de 2006 é interessante notar que agora saíram protagonista, outros ficaram e até ampliaram as suas declarações e entretanto novos intervenientes surgiram no processo.

Os proprietários dos bares assim como o inefável presidente da Junta local continuaram activos nas declarações mas, entretanto, os políticos prudentemente retiraram-se da polémica uma vez que sentiram que o assunto era delicado e complexo.

Uma das razões da mediatização deste tema prende-se com os três partidos políticos envolvidos que assim podem passar rapidamente de acusados a acusadores conforme o ângulo pelo qual se vê o assunto. Com efeito o presidente da Junta local é do PSD, a câmara de Almada é da CDU e o governo é do PS. Assim se compreende os diversos argumentos e explicações dadas pelos vários intervenientes. Quem está na oposição lança as culpas para a maioria que governa e esta tenta desviar as atenções para quem governou antes ou então para uma outra instituição que seja de uma partido da oposição.

Em Abril de 2006 as soluções apresentadas pelos intervenientes mais activos, o presidente da Junta e donos dos bares, eram, em resumo “ mais areia para a praia”. Passados uns meses e após o Instituto da Água ter lançado milhares de metros cúbicos de areia e mais de um milhão de euros para a praia, os anteriores “especialistas”, os que pediam mais areia, mudaram de opinião e apontam outras medidas como, por exemplo, "é preciso uma cirurgia mais profunda nesta zona e não um penso rápido”.

O presidente da Junta inicialmente apontou para uma “obra de engenharia dura”, expressão vaga e sem qualquer significado em engenharia. Passados uns dias já apontava a “ colocação de um esporão submerso na zona entre a Cova do Vapor e o Bugio para prevenir o avanço do mar nas praias de São João”. Esta, do esporão submerso, deve ser uma originalidade a nível mundial...

Mas a população local também apresentou “soluções” pois de quando uma visita ao local o presidente do Instituto da Água ouviu alguns “mimos” como; “fartos de ver jogar dinheiro fora", depois "estão a roubar o povo", ainda "deviam ir todos presos" e finalmente "isto está a ser feito por técnicos de gravata que não saem dos gabinetes". Uma sugestão interessante foi dada por um praticante de surf que indicou “criar um recife artificial e fazer o aproveitamento da energia das ondas", ou então um pontão para "fazer as ondas rebentar antes". Com soluções deste calibre venha o diabo e escolha...

O proprietário de um dos bares ameaçados pelo avanço do mar também falou à imprensa e, claro, apenas se preocupou com o seu bar acabando por afirmar que o “apuramento de responsabilidades seguirá nas instâncias competentes”. Talvez fosse por já estar farto de ler declarações deste quilate que um leitor do jornal “Correio da Manhã” deu a sugestão, irónica de se “construir uma muralha de quatro metros de altura desde Sagres até Caminha e depois o Governo colocar o Mar em tribunal exigindo uma reparação por perdas e danos”...

Como é habitual em Portugal não podia faltar uma “comissãozinha”, agora mais modernamente de “acompanhamento”. Esta será composta por elementos dos órgãos autárquicos locais, por técnicos do Instituto da Água e por “outras estruturas da administração central”, termo vago que dará para encher de tal maneira a comissão que assim ficará inoperante.

Entretanto os poderes municipais também reagiram e no dia 22 de Janeiro reuniu a assembleia municipal de Almada para tratar deste assunto. A solução encontrada por consenso foi “o enchimento artificial de areia”. A solução do presidente da Junta, o “esporão submerso para conter a força das águas”, não foi aceite mas, como que a alardear uma pequena vitória do senso comum, segundo aquele autarca ela também não foi “tecnicamente inviabilizada”...

A associação ambientalista Quercus, entretanto propôs uma solução muito simples “não ocupar a faixa costeira” pois esta deverá recuar entre 14 a 16 metros nos próximos 50 anos. Esta associação até teve o arrojo de dizer uma heresia quando sugeriu que simplesmente nada se fizesse.... Mas como estas soluções não permitem fazer “brilharetes” e até se podem considerar “economicamente incorrectas”, devido aos interesses diversos em causa, claro que nem sequer foram comentadas por nenhum dos protagonistas nesta “novela marítima”.

A situação das praias da Costa da Caparica, neste início de 2007, é interessante. A Junta de freguesia quer obras “duras” ou então “submersas”, os donos dos bares querem ser indemnizados pelos prejuízos e ficar num local o mais próximo possível do mar havendo alguém, que não eles, que pague os custos dessa ocupação, os utentes pretendem gozar a praia no Verão e estacionar o seu carro o mais perto possível da praia e sem qualquer consideração pelo cordão dunar, a Quercus aponta para nada se fazer, a comissão de acompanhamento irá acompanhar não se sabe bem o quê e para quê, os três partidos políticos envolvidos no local irão tentar atirar para os restantes as culpas da situação salientando que as suas soluções são as mais correctas, o governo vai gastar cerca de 15 milhões de euros em areia na reposição da costa e no final disto tudo o mar, nas próximas dezenas de anos, continuará inexoravelmente a avançar pela costa dentro, algumas dezenas de metros, esteja esta deserta ou ocupada selvaticamente pela ganância humana.



segunda-feira, outubro 01, 2007

2500 pessoas vão participar no cortejo...Tradição renascida!

Romaria extinta há 60 anos recriada hoje

O convento dos Capuchos, em Almada, acolhe hoje o Círio de Nossa Senhora do Cabo Espichel, uma romaria extinta há 60 anos, recriada numa parceria entre cinco freguesias do concelho.

Cerca de 2.500 pessoas, vestidas em traje de época, são esperadas na participação do cortejo, que parte de cinco freguesias de Almada: Caparica, Charneca de Caparica, Costa de Caparica, Trafaria e Sobreda de Caparica, adiantou à agência Lusa a responsável pelo pelouro da Acção Social na Junta de Freguesia da Charneca.

De acordo com Célia Morais a iniciativa deverá ainda “apelar à participação de pessoas fora do cortejo, que terão interesse em acompanhar a festa no Convento dos Capuchos”.Cavalos, charretes e carros antigos completam a romaria, que se inicia às 9h00 nas respectivas freguesias, estando o encontro nos Capuchos marcado para o meio-dia.

A organização da iniciativa partiu da Junta de Freguesia da Charneca de Caparica que viu nesta romaria “a oportunidade de relembrar tradições antigas e animar os idosos da freguesia”. Apesar de, antigamente, a reunião dos peregrinos não se realizar nos Capuchos (mas sim no Cabo Espichel), “as gentes da Caparica ainda relembram a passagem dos peregrinos por aqui”. No entanto, a impossibilidade da romaria seguir de Almada até ao Cabo Espichel a pé ditou a realização do convívio nos Capuchos, uma zona sensivelmente central em relação ás freguesias participantes.


Caminhos mais antigos

Além das cinco freguesias envolvidas, o evento conta ainda com a participação monetária da Câmara Municipal de Almada e da Costa Azul, além da colaboração dos párocos das freguesias, Bombeiros Voluntários e GNR. “Os percursos percorrem os caminhos mais antigos das freguesias e pretendem dar um cunho ritualizado e demonstrativo do que seria esta romagem à Nossa Senhora do Cabo, aqui direccionada para o Convento dos Capuchos”, revelou Célia Morais. Os custos da realização de uma festa deste género não foram ainda contabilizados, de acordo com a responsável pela Acção Social, apesar de Célia Morais adiantar que “esta festa requer alguma disponibilidade financeira por parte de todos”.



Programa

Livro e DVD
Hoje, além da romaria e posterior missa campal junto ao Convento dos Capuchos, o evento conta ainda com um almoço convívio que deverá juntar vários milhares de pessoas, entre participantes no cortejo e populares que já se inscreveram. Para além disso, está ainda programado o lançamento de um DVD e de um livro comemorativos e com a actuação de um rancho folclórico local.


Fonte

quinta-feira, setembro 27, 2007

Exercitar a Vontade Naquilo que Podemos Ter de Melhor


Ponho-me a pensar na quantidade dos que exercitam o físico, e na escassez dos que ginasticam a inteligência; na afluência que têm os gratuitos espectáculos desportivos, e na ausência de público durante as manifestações culturais; enfim, na debilidade mental desses atletas de quem admiramos as espáduas musculadas.
E penso sobretudo nisto: se o corpo pode, à força de treino, atingir um grau de resistência tal que permite ao atleta suportar a um tempo os murros e pontapés de vários adversários, que o torna apto a aguentar um dia inteiro sob um sol abrasador, numa arena escaldante, todo coberto de sangue - não será mais fácil ainda dar à alma uma tal robustez que a torne capaz de resistir sem ceder aos golpes da fortuna, capaz de erguer-se de novo ainda que derrubada e espezinhada?!
De facto, enquanto o corpo, para se tornar vigoroso, depende de muitos factores materiais, a alma encontra em si mesma tudo quanto necessita para se robustecer, alimentar, exercitar.
Os atletas precisam de grande quantidade de comida e bebida, de muitos unguentos, sobretudo de um treino intensivo: tu, para atingires a virtude, não precisarás de dispender um tostão em equipamento! Aquilo que pode fazer de ti um homem de bem existe dentro de ti. Para seres um homem de bem só precisas de uma coisa: a vontade.


Em que poderás exercitar melhor a tua vontade do que no esforço para te libertares da servidão que oprime o género humano, essa servidão a que até os escravos do mais baixo estrato, nascidos, por assim dizer, no meio do lixo, tentam por todos os meios eximir-se?
O escravo gasta todas as economias que fez à custa de passar fome para comprar a sua alforria; e tu, que te julgas de nascimento livre, não estás disposto a gastar um centavo para garantires a verdadeira liberdade?!
Escusas de olhar para o cofre, que esta liberdade não se compra.
Por isso te digo que a «liberdade» a que se referem os registos públicos é uma palavra vã, pois nem os compradores nem os vendedores da alforria a possuem.
O bem que é a liberdade terás tu de dá-lo a ti mesmo, de o reclamar a ti mesmo! Liberta-te, para começar, do medo da morte (já que a ideia da morte nos oprime como um jugo), depois do medo da pobreza.
Para te convenceres de que a pobreza não é em si um mal bastar-te-á comparares o rosto dos pobres com o dos ricos.
Um pobre ri com mais frequência e convicção; nenhuma preocupação o aflige profundamente; mesmo que algum cuidado se insinue nele depressa passará como nuvem ligeira.
Em contrapartida, aqueles a quem o vulgo chama «afortunados» exibem uma boa disposição fingida, carregada, contaminada de tristeza, e tanto mais lamentável quanto, muitas vezes, nem sequer podem mostrar-se abertamente infelizes, antes se vêem forçados, entre desgostos que lhes roem o coração, a representarem a comédia da felicidade!

Séneca, in 'Cartas a Lucílio'

terça-feira, setembro 25, 2007

Moradores protestam e com razão...



Poste de alta tensão é paisagem?
2007/08/21


A REN continua a instalar redes de muito alta tensão junto a casas. Os moradores da Quinta de S. Macário, em Almada, receberam essa «prenda» e protestaram. Tiveram o apoio da Câmara e esbarraram na intransigência da Rede Eléctrica Nacional



Os moradores da Quinta S. Macário, no concelho de Almada, denunciaram a instalação de um poste de muito alta tensão (150 KV) junto aos prédios onde habitam. Os residentes dizem que «não tiveram qualquer tipo de conhecimento» sobre a construção da linha naquele local e temem pela sua saúde. A Rede Eléctrica Nacional (REN) alega que cumpriu «todos os requisitos determinados pela legislação».


A REN iniciou, em Março de 2005, os trabalhos de projecto e os estudos ambientais para a construção da Linha Fernão Ferro que, segundo um comunicado enviado pela rede eléctrica ao Portugal Diário, visava «reforçar a alimentação da rede de distribuição de energia da zona do Monte da Caparica, para fazer face aos aumentos de consumo verificados nas áreas de influência das subestações de Almada e Sobreda».


Para além deste projecto, a REN levou a cabo «a exploração, a 150 KV, de uma outra linha que liga a subestação de Fernão Ferro à subestação da Trafaria», lê-se no comunicado.


O problema é que um poste de muito alta tensão, que pertence a essa linha, está a ser instalado «à frente dos prédios», disse Mafalda Ferraz, uma moradora da Quinta S. Macário. «A antena está mesmo em frente à varanda de uns vizinhos meus», revelou.


«Estes prédios são novos e foram caros. Para além dos problemas de saúde que esta linha pode causar, ninguém vai querer comprar casa aqui», afirmou. «Se as pessoas soubessem da instalação do poste, não teriam comprado os imóveis».


Para Mafalda Costa, outra moradora, «os prédios ainda não estavam construídos quando a REN iniciou os trabalhos, mas já havia um plano, já havia todas as licenças de construção dos prédios, uma vez que estes começaram a ser construídos no final de 2005». «Eles já sabiam que o terreno ia ser habitado», disse.
«Se tivessem um poste de alta tensão em frente à janela, o que fariam?»


«A REN ia instalar o poste ao pé de uma escola, mas esta pôs uma acção à companhia eléctrica e eles mudaram o trajecto da linha», disse Mafalda Ferraz. «Então decidiram construir no terreno onde estão os prédios», afirmou indignada.


«E se fossem eles a ter um poste de muito alta tensão em frente à janela?», interrogou-se.


Os moradores já se dirigiram à Câmara Municipal de Almada e denunciaram a situação. De acordo com o que a moradora Mafalda Ferraz contou ao Portugal Diário, a câmara de Almada «está do lado dos moradores e concorda que esta situação não faz sentido. Mas não pode fazer nada, porque este é um assunto que está muito para além da câmara».


Já a REN escreve, numa nota, que a Câmara Municipal de Almada «tem, dentro do corredor aprovado, abertura para ajustes de traçado». Sobre esta questão a câmara não teceu quaisquer comentários.


Segundo a moradora, o director de equipamento da REN, Jorge Liça, depois de contactado pelos residentes, disse que «não estava provado que a linha fazia mal à saúde e que não ia parar a obra de maneira nenhuma».



A reacção da REN
Contactada pelo Portugal Diário, a rede eléctrica afirmou, em comunicado, que cumpriu «todos os requisitos determinados pela legislação» e que «manteve uma genuína preocupação de compatibilização e minimização dos impactes».


A empresa sublinhou ainda que «os efeitos a longo prazo estão por precaução antecipados» de acordo com coeficientes de segurança definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).




Riscos para a saúde
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, as pessoas que vivem num raio de 100 metros das linhas eléctricas têm mais probabilidade de contrair doenças do foro oncológico, como é o caso da leucemia. As crianças que vivem num raio de 200 metros dos cabos de alta tensão têm 70 por cento de probabilidade de sofrerem de leucemia, em comparação com aquelas que habitam a 600 metros ou mais das linhas eléctricas.
Recentemente, o próprio Governo avançou com um estudo que serve de alerta à população em relação à excessiva exposição a radiações.








Os moradores da Quinta de São Macário, em Almada, ameaçam levar a tribunal


Os moradores da Quinta de São Macário, em Almada, ameaçam levar a tribunal a REN, caso esta se recuse a alterar o local onde um poste de muito alta tensão será instalado, em grande proximidade com as suas habitações. Em causa está uma linha que fará a ligação entre as sub-estações de Fernão Ferro, no Seixal, e da Trafaria, em Almada, que deverá entrar em funcionamento a partir de 2009 e que, segundo moradores e construtores, coloca em causa a saúde pública e o investimento feito na compra de novos imóveis.Para o recém-criado movimento de cidadãos que contestam esta obra, a solução para o problema passa pela alteração do projecto, através da trasladação do poste para outro local ou até mesmo da mudança de trajecto da linha ou do seu enterramento. Aos protestos dos moradores juntam-se os dos construtores dos prédios que formam a urbanização que afirmam não terem tido conhecimento desta situação antes de darem início à construção dos edifícios. Por esse motivo, avançaram com uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada para impedir a construção da linha nos moldes apresentados pela REN.A agravar a situação, as fundações para montagem do poste terão sido colocadas num local cedido pela Câmara Municipal de Almada ao condomínio para “uma zona verde de utilização colectiva”, tal como indicado num documento encaminhado para a Direcção de Planeamento e Administração do Território. Assim, a 24 de Agosto, a autarquia embargou a obra iniciada nesse mesmo mês mas, de acordo com os moradores, esta nunca parou efectivamente, tendo a construção dos alicerces ficado concluída já no início de Setembro. A instalação e passagem de cabos no local está prevista para Março do próximo ano.


















Protesto contra linha de alta tensão

2007/09/07

Moradores consideram que medida é ilegal e prejudicial para a saúde dos habitantes



Moradores da urbanização Quinta de São Macário, Almada, irão manifestar-se sábado contra a construção da linha de muito alta tensão junto ao local, considerando que a medida é ilegal e prejudicial para a saúde dos habitantes.


Bruno Silva, morador da urbanização, disse à Agência Lusa que alguns postos desta linha de muito alta tensão ficarão situados a 30 metros das habitações e a 100 metros do colégio Campo de Flores, uma escola com cerca de mil alunos, o que «põe em causa a saúde dos moradores e dos alunos do colégio».


Esta linha de muito alta tensão, a cargo da Rede Eléctrica Nacional (REN) pretende fazer a ligação entre as subestações de Fernão Ferro, no Seixal, e da Trafaria, em Almada, estando prevista a sua entrada em funcionamento a partir do início de 2009.


Os moradores envolvidos no protesto acusam a REN de estar a realizar a obra ilegalmente, visto que o terreno onde ficará situado o posto mais próximo da Quinta de São Macário «estava destinado a espaços verdes, como consta no alvará de loteamento aprovado pela Câmara».


Nesse sentido, a Câmara Municipal de Almada embargou a obra iniciada no início do mês de Agosto no passado dia 24 por considerar que «as obras isentas de licenciamento ou autorização devem contudo observar as normas legais e regulamentares que lhes forem aplicáveis».


«Verificaram os serviços que o poste está a ser implementado na parcela C, que por força do alvará de loteamento emitido pela Câmara Municipal de Almada foi cedida para o condomínio privado e de acordo com esse mesmo alvará se destina a zona verde de utilização colectiva», pode ler-se no documento encaminhado pela autarquia para a Direcção de Planeamento e Administração do Território.


O protesto agendado para sábado pretende «dar conta das ilegalidades que têm acompanhado este processo e mostrar o quanto esta instalação, tão próxima de focos populacionais, é inadmissível», declarou Bruno Silva.
METRO A METRO SE ENCHE A CABEÇA AOS TOLOS

Quando irá acabar a demagogia primária e a hipocrisia reinante na classe politiqueira que nós elegemos?
Quando é que, de uma vez por todas, alguém, com responsabilidades e com coragem, põe a nu o escandaloso esbanjar dos milhões de Euros, que a “nomenclatura” fiscal saca aos sacrificados contribuintes, para alimentar o “eléctrico” fantasma que circula entre a Cova da Piedade e Corroios, completamente às moscas?
Porque será que a população da região de Almada anda a “engolir” sapos vivos, limitando-se a um encolher de ombros, perante esta monstruosa e caricata mascarada?
Quem é que inventou essa de “Metropolitano Sul do Tejo”?
Como é que um “eléctrico” de via reduzida, sem possibilidades que entrar na rede ferroviária nacional, se pode considerar de Metropolitano?
Alguém sabe responder a tudo isto?