terça-feira, outubro 30, 2007

Lousã: Terra de Tradições

(clicar nas imagens para aumentar)





Feira da Castanha e do Mel Da Lousã



- Lousã -


Realiza-se na Lousã, no 1º ou 2º fim de semana de Novembro, sempre antecedendo o S. Martinho.
É uma Feira de Mel certificado e não certificado dos Concelhos que integram a Região Demarcada de Mel de Montanha da Serra da Lousã.
É uma Feira de Castanha, procurando-se promover o aproveitamento e rentabilização dos Castanheiros da Serra da Lousã.



Tem também uma vertente de venda de produtos derivados do mel (aguardentes, licores, velas de cera, etc.) e da castanha (doçaria) e uma importante vertente gastronómica.



A Feira está, ainda, aberta a organizações ambientalistas e de actividades de ar livre (ex. QUERCUS, FAPAS, CNE), aos estabelecimentos de ensino e a todos quanto tenham alguma ligação a estas temáticas (empresas de reciclagem, Serviços Florestais, etc.).




Onde Passear:



O destino que obrigatoriamente se nos impõe de seguida, é a Serra da da Lousã com as suas Aldeias Típicas em Xisto.



Indo pela Estrada em direcção a Castanheira de Pêra (EN 236), deparamos com a Aldeia Serrana do Candal, com o seu pitoresco casario em Xisto, a 10 Km da Vila da Lousã.



Depois pode seguir-se até ao Alto do Trevim, ponto mais alto da Serra da Lousã (1204 m/alt.), onde se fica extasiado com o que a vista alcança.



Outra das alternativas, é ir até à "Catraia da Ti Joaquina", local onde existe uma placa com indicação para Cacilhas, iniciando assim o percurso de volta à Lousã pela Estrada Florestal.



Descendo pela Estrada Florestal somos presenteados por um conjunto de Aldeias Serranas em Xisto e por uma Serra Verdejante riquíssima em Fauna e Flora.



É também possível desfrutar dos prazeres de uma caminhada desde o Castelo até às Aldeias Serranas do Talasnal e do Casal Novo, bastando para isso que disponha de cerca de 3 horas e de um calçado confortável.



Gastronomia:


A gastronomia tradicional é típicamente Lousanense, pode ser vista e consultada no nosso "Roteiro de Gastronomia", disponível na Biblioteca Municipal da Lousã, ou no nosso Posto de Turismo. No entanto as Migas de Bacalhau, o Cabrito Assado, assim como a Chanfana e a Tijelada, são embaixadores da nossa genuína gastronomia tradicional.

XXVII FESTIVAL NACIONAL DE GASTRONOMIA DE SANTARÉM E CONGRESSO NACIONAL DOS PROFISSIONAIS DE COZINHA


O Festival Nacional de Gastronomia de Santarém decorrer de 18 de Outubro a 4 de Novembro.


Se estiver interessado em algum destes almoços regionais, os bilhetes para o ingresso para os diferentes dias estão á venda na agência de Viagens Plenotur através dos contactos: 243 333 022/38.


PROGRAMA (aqui)


domingo, outubro 28, 2007

Povo Livre...Símbolo da Actividade...Traz Consigo a Vontade e a Soberania Nacional!

Indiferença em Política
Um dos piores sintomas de desorganização social, que num povo livre se pode manifestar, é a indiferença da parte dos governados para o que diz respeito aos homens e às cousas do governo, porque, num povo livre, esses homens e essas cousas são os símbolos da actividade, das energias, da vida social, são os depositários da vontade e da soberania nacional.
Que um povo de escravos folgue indiferente ou durma o sono solto enquanto em cima se forjam as algemas servis, enquanto sobre o seu mesmo peito, como em bigorna insensível se bate a espada que lho há-de trespassar, é triste, mas compreende-se porque esse sono é o da abjecção e da ignomínia.

Mas quando é livre esse povo, quando a paz lhe é ainda convalescença para as feridas ganhadas em defesa dessa liberdade, quando começa a ter consciência de si e da sua soberania... que então, como tomado de vertigem, desvie os olhos do norte que tanto lhe custara a avistar e deixe correr indiferente a sabor do vento e da onda o navio que tanto risco lhe dera a lançar do porto; para esse povo é como de morte este sintoma, porque é o olvido da ideia que há pouco ainda lhe custara tanto suor tinto com tanto sangue, porque é renegar da bandeira da sua fé, porque é uma nação apóstata da religião das nações - a liberdade!

sexta-feira, outubro 26, 2007

Política de Interesse


Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição.


Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações.


A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.


A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio.


A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.



Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867)

quinta-feira, outubro 25, 2007

A Glória em Função dos Feitos e das Obras


Enquanto a nossa honra vai até onde somos pessoalmente conhecidos, a glória, pelo contrário, precede o nosso conhecimento e leva-o até onde ela mesmo consegue ir.

Todo o indivíduo tem direito à honra; à glória, apenas as excepções, pois apenas mediante realizações excepcionais é possível atingi-la. Tais realizações, por sua vez, são feitos ou obras. A partir deles, abrem-se dois caminhos para a glória. Antes de mais nada, é o grande coração que capacita para os feitos; para as obras, a grande cabeça. Ambas possuem as suas próprias vantagens e desvantagens. A diferença principal é que os feitos passam, e as obras permanecem.


Dos feitos, permanece apenas a lembrança, que se torna cada vez mais fraca, desfigurada e indiferente, e que está até mesmo fadada a extinguir-se gradualmente, caso a história não a recolha e a transmita para a posteridade em estado petrificado. As obras, pelo contrário, são imortais e podem, pelo menos as escritas, sobreviver em todos os tempos. O mais nobre dos feitos tem apenas uma influência temporária; a obra genial, pelo contrário, vive e faz efeito, de modo benéfico e sublime, por todos os tempos. De Alexandre, o Grande, vivem nome e memória, mas Platão e Aristóteles, Homero e Horácio ainda existem, vivem e fazem efeito imediatamente.

Outra desvantagem dos feitos é a sua dependência da oportunidade, que primeiro tem de fornecer a possibilidade para que eles se produzam, de onde resulta que a sua glória não se ajusta unicamente ao seu valor intrínseco, mas também às circunstâncias que lhes conferiram importância e brilho.

Ademais, se os feitos são puramente pessoais, como na guerra, então a fama depende da asserção de poucas testemunhas oculares. Ora, estas não estão sempre presentes e, caso estejam, nem sempre são justas e imparciais. Por outro lado, por serem algo prático, os feitos possuem a vantagem de estar ao alcance da faculdade de juízo universal dos homens. Logo, se os dados lhe são correctamente transmitidos, a justiça é-lhes rendida de imediato, a não ser que os seus motivos só mais tarde sejam correctamente conhecidos ou justamente apreciados, pois, para a compreensão de cada acção, requer-se o conhecimento do seu motivo.

Com as obras dá-se o inverso: a sua origem não depende da oportunidade, mas unicamente do seu autor, e o que elas são em si e para si permanece pelo tempo que durarem. Nesse caso, em contrapartida, a dificuldade está no julgamento e é tanto maior quanto mais elevado for o género dessas obras; amiúde faltam juízes competentes, imparciais e probos. No entanto, a sua glória não é decidida por uma instância; há lugar para a apelação. Pois, como dito, enquanto só a lembrança dos factos chega à posteridade e, em verdade, da maneira como os contemporâneos a transmitem, as obras, pelo contrário, chegam elas mesmas e tais como são (salvo alguns fragmentos desparecidos).



Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'


Glória aos Nacionalistas!
as excepções atinguem a Glória.
Os Nacionalistas são excepcionais e praticam Feitos Únicos, daí alcançarão a tão esperada Glória.

segunda-feira, outubro 22, 2007

O Efeito da Verdadeira Maturidade




A alternância de amor e ódio caracteriza, durante muito tempo, a condição íntima de uma pessoa que quer ser livre no seu juízo acerca da vida; ela não esquece e guarda rancor às coisas por tudo, pelo bom e pelo mau.

Por fim, quando, à força de anotar as suas experiências, todo o quadro da sua alma estiver completamente escrito, já não desprezará nem odiará a existência, mas tão-pouco a amará, antes permanecerá por cima dela, ora com o olhar da alegria, ora com o da tristeza, e, tal como a Natureza, a sua disposição ora será estival, ora outunal. (...)

Quem quiser seriamente ser livre perderá de mais a mais, sem qualquer constrangimento, a propensão para os erros e vícios; também a irritação e o aborrecimento o acometerão cada vez mais raramente.

É que a sua vontade não quer nada mais instantaneamente do que conhecer e o meio para tanto, ou seja, a condição permanente em que ele está mais apto para o conhecimento.


Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'



Ser Mãe é atingir a Maturidade!

terça-feira, outubro 16, 2007

Entrevista Com o José Pinto-Coelho: "Eu Sei Que Você Sabe", Mas o Entrevistador é Que Nada Sabe...A Não Ser Fazer o Jogo do Sistema!

Entrevista no programa "Eu Sei Que Você Sabe" (AQUI)

José Pinto-Coelho, do Partido Nacional Renovador, diz querer varrer a Maçonaria da face da Terra e que os criminosos estão todos na Cova da Moura - e mesmo aqueles que já cá nasceram não são portugueses…





O jornalista não foi profissional...mais parecia uma gravação do sistema, um nigger lover todo queimadinho...

Deve ter algum trauma, como a Cândida, certamente!

Para além de dar a sua opinião em tudo, fazia afirmações descabidas, provocava acerridamente utilizando um discurso de gente limitada, que metia nojo.

O JPC teve nervos de aço para conseguir aguentar aquele palerma. Sinceramente o jornalismo está podre e pessoas como o senhor que "entrevistou" o JPC, não merecem o titulo de jornalistas, e sim de cassete do sistema.




segunda-feira, outubro 15, 2007

Conferência - "Europa Federal e Globalização" - Lisboa, 20 Outubro






Sendo essencial promover o debate sobre a evolução do conceito "Europa", ao longo dos tempos, irá realizar-se no próximo dia 20 de Outubro, em Lisboa, uma conferência europeia subordinada ao tema "Europa Federal e Globalização".




Contamos com a presença de todos os nacionalistas!!!


sábado, outubro 13, 2007

Tudo ilegal! Sintra, Margem Sul e Algarve...Uma Maravilha!

Supremo Tribunal Administrativo rejeita reclamação da REN. Linha de Muito Alta Tensão ligada pode estar “ilegal”


Supremo rejeita reclamação da REN. Linhas de Muito Alta Tensão estão "ilegais" enquanto ligadas, garantem advogados de Monte Abraão. Fátima Campos quer que a REN tenha um prazo para desligar a corrente que passa nas linhas que ligam Fanhões a Trajouce.



A notícia chegou à junta de freguesia de Monte Abraão quarta-feira ao final da tarde. O Supremo Tribunal Administrativo rejeitou a reclamação apresentada pela REN face à ordem para desligar a Linha de Muito Alta Tensão que liga Fanhões a Trajouce. Fátima Campos, presidente de junta de Monte Abraão, revelou que o argumento utilizado pelos juízes no seu despacho foi “não haver matéria para reapreciar”. Os advogados da junta de freguesia asseguram que linha está em “ situação ilegal”, confirmou a autarca.

Os advogados ao serviço de Monte Abraão admitem que a REN ainda pode recorrer a cada um dos juízes do Supremo Tribunal Administrativo e ao Tribunal Constitucional mas a decisão deverá ser cumprida imediatamente, pelo que terá efeitos na acção principal, com início a 19 de Outubro, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra.

À rádio TSF, a autarca de Monte Abraão mostrou-se “bastante optimista”. Fátima Campos diz que “os postes vão abaixo. Se é melhor enterrar, que se faça, se é melhor utilizar subestações que se faça em alternativa. Não estamos contra as alterações da linha, mas deverá ser a REN a assegurar as alternativas”.

O próximo passo, informou a presidente, é informar o Supremo Tribunal Administrativo de que as linhas estão a funcionar, solicitando que o colectivo de juízes estabeleça um prazo para o cumprimento da decisão da REN. O pedido deverá dar entrada do STA ainda durante o dia de hoje.



Alvor de Sintra

sexta-feira, outubro 12, 2007

Visões bem esclarecedoras sobre a "grande" Obra...


O METRO SUL DO TEJO E O FUTURO



Na última semana de Setembro, a Assembleia Municipal de Almada reuniu uma vez mais, com uma extensa Ordem de Trabalhos. Dessa extensa ordem do dia, constava a autorização da cessão das últimas parcelas do domínio público municipal à concessionária Metro Transportes do Sul.


A Assembleia Municipal votou maioritariamente a cessão da proposta.


Chega pois ao fim a saga do Metro!


Importava fazer um balanço, aprender com os erros, enfatizar o bom desempenho, tirar conclusões. Desde logo reafirme-se o velho adágio português, “ não há bela sem senão…”.


Em primeiro lugar importa sublinhar que o Metro Sul do Tejo é obra dum Governo Socialista, dum Governo da República. Este desígnio socialista é hoje partilhado pela maioria dos eleitores, Almadenses e Seixalenses.


Se há Metro Sul do Tejo, tal se deve a lucidez, pertinácia e comportamento esclarecido de dois Ministros, do saudoso Sousa Franco e João Cravinho.


Como dissemos atrás, não há bela sem senão! Em primeiro lugar, os trajectos escolhidos pelos Municípios de Almada e Seixal.


Não se percebe por que é que Metro Sul do Tejo não passa junto à Margueira, junto à futura Cidade da Água. Também não se percebe por que é que o Metro Sul do Tejo não passa junto do Hospital Garcia de Orta.


A solução final adoptada para o triângulo da Ramalha não é totalmente satisfatória para os moradores. Tal se deve à teimosia da Câmara Municipal de Almada que é a entidade que gere o espaço e o território em Almada.

O articulista defendeu no ano de 2001 que o Metro Sul do Tejo devia ser subterrâneo na área urbana consolidada da cidade de Almada, ou seja, entre o Largo de Cacilhas (largo Alfredo Dinis – Alex) e o Centro Sul (Largo 1º Maio).


Continua convencido da justeza da sua opção. Não só trazia desenvolvimento à Cidade e não sacrificava a qualidade de vida. A Cidade não ficaria desfigurada. O pequeno comércio que tem vindo a ser maltratado, com esta opção, terá a sua morte anunciada. Nessa altura, o articulista foi fortemente atacado.


Foram aduzidos dois argumentos para que o Metro Sul do Tejo fosse subterrâneo. O primeiro argumento é que o terreno, a geologia não permite. O segundo argumento é que a verba seria monstruosa. Nada mais falso!



quarta-feira, outubro 10, 2007

É a Ganância...


Costa da Caparica: a novela continua



Em Abril do ano passado publiquei uma crónica, como Provedor do Leitor, com o título “Costa da Caparica: foi um mar que lhe deu…” acerca das atribulações das dunas na praia da Costa da Caparica assim como das reacções, mais ou menos descabidas, de alguns intervenientes na apreciação do tema.
Passados alguns meses o assunto, que era de âmbito local, passou a ser nacional com aberturas nos Telejornais e copiosa informação, sempre acompanhada por fotografias mais ou menos dramáticas, publicada nos principais jornais nacionais. O nosso jornal continuou a acompanhar o assunto mas, talvez devido à proximidade do local e da experiência anterior sobre ao assunto apresentou sempre uma informação menos sensacionalista do que a maior parte dos seus colegas.

Em relação a Abril de 2006 é interessante notar que agora saíram protagonista, outros ficaram e até ampliaram as suas declarações e entretanto novos intervenientes surgiram no processo.

Os proprietários dos bares assim como o inefável presidente da Junta local continuaram activos nas declarações mas, entretanto, os políticos prudentemente retiraram-se da polémica uma vez que sentiram que o assunto era delicado e complexo.

Uma das razões da mediatização deste tema prende-se com os três partidos políticos envolvidos que assim podem passar rapidamente de acusados a acusadores conforme o ângulo pelo qual se vê o assunto. Com efeito o presidente da Junta local é do PSD, a câmara de Almada é da CDU e o governo é do PS. Assim se compreende os diversos argumentos e explicações dadas pelos vários intervenientes. Quem está na oposição lança as culpas para a maioria que governa e esta tenta desviar as atenções para quem governou antes ou então para uma outra instituição que seja de uma partido da oposição.

Em Abril de 2006 as soluções apresentadas pelos intervenientes mais activos, o presidente da Junta e donos dos bares, eram, em resumo “ mais areia para a praia”. Passados uns meses e após o Instituto da Água ter lançado milhares de metros cúbicos de areia e mais de um milhão de euros para a praia, os anteriores “especialistas”, os que pediam mais areia, mudaram de opinião e apontam outras medidas como, por exemplo, "é preciso uma cirurgia mais profunda nesta zona e não um penso rápido”.

O presidente da Junta inicialmente apontou para uma “obra de engenharia dura”, expressão vaga e sem qualquer significado em engenharia. Passados uns dias já apontava a “ colocação de um esporão submerso na zona entre a Cova do Vapor e o Bugio para prevenir o avanço do mar nas praias de São João”. Esta, do esporão submerso, deve ser uma originalidade a nível mundial...

Mas a população local também apresentou “soluções” pois de quando uma visita ao local o presidente do Instituto da Água ouviu alguns “mimos” como; “fartos de ver jogar dinheiro fora", depois "estão a roubar o povo", ainda "deviam ir todos presos" e finalmente "isto está a ser feito por técnicos de gravata que não saem dos gabinetes". Uma sugestão interessante foi dada por um praticante de surf que indicou “criar um recife artificial e fazer o aproveitamento da energia das ondas", ou então um pontão para "fazer as ondas rebentar antes". Com soluções deste calibre venha o diabo e escolha...

O proprietário de um dos bares ameaçados pelo avanço do mar também falou à imprensa e, claro, apenas se preocupou com o seu bar acabando por afirmar que o “apuramento de responsabilidades seguirá nas instâncias competentes”. Talvez fosse por já estar farto de ler declarações deste quilate que um leitor do jornal “Correio da Manhã” deu a sugestão, irónica de se “construir uma muralha de quatro metros de altura desde Sagres até Caminha e depois o Governo colocar o Mar em tribunal exigindo uma reparação por perdas e danos”...

Como é habitual em Portugal não podia faltar uma “comissãozinha”, agora mais modernamente de “acompanhamento”. Esta será composta por elementos dos órgãos autárquicos locais, por técnicos do Instituto da Água e por “outras estruturas da administração central”, termo vago que dará para encher de tal maneira a comissão que assim ficará inoperante.

Entretanto os poderes municipais também reagiram e no dia 22 de Janeiro reuniu a assembleia municipal de Almada para tratar deste assunto. A solução encontrada por consenso foi “o enchimento artificial de areia”. A solução do presidente da Junta, o “esporão submerso para conter a força das águas”, não foi aceite mas, como que a alardear uma pequena vitória do senso comum, segundo aquele autarca ela também não foi “tecnicamente inviabilizada”...

A associação ambientalista Quercus, entretanto propôs uma solução muito simples “não ocupar a faixa costeira” pois esta deverá recuar entre 14 a 16 metros nos próximos 50 anos. Esta associação até teve o arrojo de dizer uma heresia quando sugeriu que simplesmente nada se fizesse.... Mas como estas soluções não permitem fazer “brilharetes” e até se podem considerar “economicamente incorrectas”, devido aos interesses diversos em causa, claro que nem sequer foram comentadas por nenhum dos protagonistas nesta “novela marítima”.

A situação das praias da Costa da Caparica, neste início de 2007, é interessante. A Junta de freguesia quer obras “duras” ou então “submersas”, os donos dos bares querem ser indemnizados pelos prejuízos e ficar num local o mais próximo possível do mar havendo alguém, que não eles, que pague os custos dessa ocupação, os utentes pretendem gozar a praia no Verão e estacionar o seu carro o mais perto possível da praia e sem qualquer consideração pelo cordão dunar, a Quercus aponta para nada se fazer, a comissão de acompanhamento irá acompanhar não se sabe bem o quê e para quê, os três partidos políticos envolvidos no local irão tentar atirar para os restantes as culpas da situação salientando que as suas soluções são as mais correctas, o governo vai gastar cerca de 15 milhões de euros em areia na reposição da costa e no final disto tudo o mar, nas próximas dezenas de anos, continuará inexoravelmente a avançar pela costa dentro, algumas dezenas de metros, esteja esta deserta ou ocupada selvaticamente pela ganância humana.



segunda-feira, outubro 01, 2007

2500 pessoas vão participar no cortejo...Tradição renascida!

Romaria extinta há 60 anos recriada hoje

O convento dos Capuchos, em Almada, acolhe hoje o Círio de Nossa Senhora do Cabo Espichel, uma romaria extinta há 60 anos, recriada numa parceria entre cinco freguesias do concelho.

Cerca de 2.500 pessoas, vestidas em traje de época, são esperadas na participação do cortejo, que parte de cinco freguesias de Almada: Caparica, Charneca de Caparica, Costa de Caparica, Trafaria e Sobreda de Caparica, adiantou à agência Lusa a responsável pelo pelouro da Acção Social na Junta de Freguesia da Charneca.

De acordo com Célia Morais a iniciativa deverá ainda “apelar à participação de pessoas fora do cortejo, que terão interesse em acompanhar a festa no Convento dos Capuchos”.Cavalos, charretes e carros antigos completam a romaria, que se inicia às 9h00 nas respectivas freguesias, estando o encontro nos Capuchos marcado para o meio-dia.

A organização da iniciativa partiu da Junta de Freguesia da Charneca de Caparica que viu nesta romaria “a oportunidade de relembrar tradições antigas e animar os idosos da freguesia”. Apesar de, antigamente, a reunião dos peregrinos não se realizar nos Capuchos (mas sim no Cabo Espichel), “as gentes da Caparica ainda relembram a passagem dos peregrinos por aqui”. No entanto, a impossibilidade da romaria seguir de Almada até ao Cabo Espichel a pé ditou a realização do convívio nos Capuchos, uma zona sensivelmente central em relação ás freguesias participantes.


Caminhos mais antigos

Além das cinco freguesias envolvidas, o evento conta ainda com a participação monetária da Câmara Municipal de Almada e da Costa Azul, além da colaboração dos párocos das freguesias, Bombeiros Voluntários e GNR. “Os percursos percorrem os caminhos mais antigos das freguesias e pretendem dar um cunho ritualizado e demonstrativo do que seria esta romagem à Nossa Senhora do Cabo, aqui direccionada para o Convento dos Capuchos”, revelou Célia Morais. Os custos da realização de uma festa deste género não foram ainda contabilizados, de acordo com a responsável pela Acção Social, apesar de Célia Morais adiantar que “esta festa requer alguma disponibilidade financeira por parte de todos”.



Programa

Livro e DVD
Hoje, além da romaria e posterior missa campal junto ao Convento dos Capuchos, o evento conta ainda com um almoço convívio que deverá juntar vários milhares de pessoas, entre participantes no cortejo e populares que já se inscreveram. Para além disso, está ainda programado o lançamento de um DVD e de um livro comemorativos e com a actuação de um rancho folclórico local.


Fonte