quinta-feira, setembro 27, 2007

Exercitar a Vontade Naquilo que Podemos Ter de Melhor


Ponho-me a pensar na quantidade dos que exercitam o físico, e na escassez dos que ginasticam a inteligência; na afluência que têm os gratuitos espectáculos desportivos, e na ausência de público durante as manifestações culturais; enfim, na debilidade mental desses atletas de quem admiramos as espáduas musculadas.
E penso sobretudo nisto: se o corpo pode, à força de treino, atingir um grau de resistência tal que permite ao atleta suportar a um tempo os murros e pontapés de vários adversários, que o torna apto a aguentar um dia inteiro sob um sol abrasador, numa arena escaldante, todo coberto de sangue - não será mais fácil ainda dar à alma uma tal robustez que a torne capaz de resistir sem ceder aos golpes da fortuna, capaz de erguer-se de novo ainda que derrubada e espezinhada?!
De facto, enquanto o corpo, para se tornar vigoroso, depende de muitos factores materiais, a alma encontra em si mesma tudo quanto necessita para se robustecer, alimentar, exercitar.
Os atletas precisam de grande quantidade de comida e bebida, de muitos unguentos, sobretudo de um treino intensivo: tu, para atingires a virtude, não precisarás de dispender um tostão em equipamento! Aquilo que pode fazer de ti um homem de bem existe dentro de ti. Para seres um homem de bem só precisas de uma coisa: a vontade.


Em que poderás exercitar melhor a tua vontade do que no esforço para te libertares da servidão que oprime o género humano, essa servidão a que até os escravos do mais baixo estrato, nascidos, por assim dizer, no meio do lixo, tentam por todos os meios eximir-se?
O escravo gasta todas as economias que fez à custa de passar fome para comprar a sua alforria; e tu, que te julgas de nascimento livre, não estás disposto a gastar um centavo para garantires a verdadeira liberdade?!
Escusas de olhar para o cofre, que esta liberdade não se compra.
Por isso te digo que a «liberdade» a que se referem os registos públicos é uma palavra vã, pois nem os compradores nem os vendedores da alforria a possuem.
O bem que é a liberdade terás tu de dá-lo a ti mesmo, de o reclamar a ti mesmo! Liberta-te, para começar, do medo da morte (já que a ideia da morte nos oprime como um jugo), depois do medo da pobreza.
Para te convenceres de que a pobreza não é em si um mal bastar-te-á comparares o rosto dos pobres com o dos ricos.
Um pobre ri com mais frequência e convicção; nenhuma preocupação o aflige profundamente; mesmo que algum cuidado se insinue nele depressa passará como nuvem ligeira.
Em contrapartida, aqueles a quem o vulgo chama «afortunados» exibem uma boa disposição fingida, carregada, contaminada de tristeza, e tanto mais lamentável quanto, muitas vezes, nem sequer podem mostrar-se abertamente infelizes, antes se vêem forçados, entre desgostos que lhes roem o coração, a representarem a comédia da felicidade!

Séneca, in 'Cartas a Lucílio'

terça-feira, setembro 25, 2007

Moradores protestam e com razão...



Poste de alta tensão é paisagem?
2007/08/21


A REN continua a instalar redes de muito alta tensão junto a casas. Os moradores da Quinta de S. Macário, em Almada, receberam essa «prenda» e protestaram. Tiveram o apoio da Câmara e esbarraram na intransigência da Rede Eléctrica Nacional



Os moradores da Quinta S. Macário, no concelho de Almada, denunciaram a instalação de um poste de muito alta tensão (150 KV) junto aos prédios onde habitam. Os residentes dizem que «não tiveram qualquer tipo de conhecimento» sobre a construção da linha naquele local e temem pela sua saúde. A Rede Eléctrica Nacional (REN) alega que cumpriu «todos os requisitos determinados pela legislação».


A REN iniciou, em Março de 2005, os trabalhos de projecto e os estudos ambientais para a construção da Linha Fernão Ferro que, segundo um comunicado enviado pela rede eléctrica ao Portugal Diário, visava «reforçar a alimentação da rede de distribuição de energia da zona do Monte da Caparica, para fazer face aos aumentos de consumo verificados nas áreas de influência das subestações de Almada e Sobreda».


Para além deste projecto, a REN levou a cabo «a exploração, a 150 KV, de uma outra linha que liga a subestação de Fernão Ferro à subestação da Trafaria», lê-se no comunicado.


O problema é que um poste de muito alta tensão, que pertence a essa linha, está a ser instalado «à frente dos prédios», disse Mafalda Ferraz, uma moradora da Quinta S. Macário. «A antena está mesmo em frente à varanda de uns vizinhos meus», revelou.


«Estes prédios são novos e foram caros. Para além dos problemas de saúde que esta linha pode causar, ninguém vai querer comprar casa aqui», afirmou. «Se as pessoas soubessem da instalação do poste, não teriam comprado os imóveis».


Para Mafalda Costa, outra moradora, «os prédios ainda não estavam construídos quando a REN iniciou os trabalhos, mas já havia um plano, já havia todas as licenças de construção dos prédios, uma vez que estes começaram a ser construídos no final de 2005». «Eles já sabiam que o terreno ia ser habitado», disse.
«Se tivessem um poste de alta tensão em frente à janela, o que fariam?»


«A REN ia instalar o poste ao pé de uma escola, mas esta pôs uma acção à companhia eléctrica e eles mudaram o trajecto da linha», disse Mafalda Ferraz. «Então decidiram construir no terreno onde estão os prédios», afirmou indignada.


«E se fossem eles a ter um poste de muito alta tensão em frente à janela?», interrogou-se.


Os moradores já se dirigiram à Câmara Municipal de Almada e denunciaram a situação. De acordo com o que a moradora Mafalda Ferraz contou ao Portugal Diário, a câmara de Almada «está do lado dos moradores e concorda que esta situação não faz sentido. Mas não pode fazer nada, porque este é um assunto que está muito para além da câmara».


Já a REN escreve, numa nota, que a Câmara Municipal de Almada «tem, dentro do corredor aprovado, abertura para ajustes de traçado». Sobre esta questão a câmara não teceu quaisquer comentários.


Segundo a moradora, o director de equipamento da REN, Jorge Liça, depois de contactado pelos residentes, disse que «não estava provado que a linha fazia mal à saúde e que não ia parar a obra de maneira nenhuma».



A reacção da REN
Contactada pelo Portugal Diário, a rede eléctrica afirmou, em comunicado, que cumpriu «todos os requisitos determinados pela legislação» e que «manteve uma genuína preocupação de compatibilização e minimização dos impactes».


A empresa sublinhou ainda que «os efeitos a longo prazo estão por precaução antecipados» de acordo com coeficientes de segurança definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).




Riscos para a saúde
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, as pessoas que vivem num raio de 100 metros das linhas eléctricas têm mais probabilidade de contrair doenças do foro oncológico, como é o caso da leucemia. As crianças que vivem num raio de 200 metros dos cabos de alta tensão têm 70 por cento de probabilidade de sofrerem de leucemia, em comparação com aquelas que habitam a 600 metros ou mais das linhas eléctricas.
Recentemente, o próprio Governo avançou com um estudo que serve de alerta à população em relação à excessiva exposição a radiações.








Os moradores da Quinta de São Macário, em Almada, ameaçam levar a tribunal


Os moradores da Quinta de São Macário, em Almada, ameaçam levar a tribunal a REN, caso esta se recuse a alterar o local onde um poste de muito alta tensão será instalado, em grande proximidade com as suas habitações. Em causa está uma linha que fará a ligação entre as sub-estações de Fernão Ferro, no Seixal, e da Trafaria, em Almada, que deverá entrar em funcionamento a partir de 2009 e que, segundo moradores e construtores, coloca em causa a saúde pública e o investimento feito na compra de novos imóveis.Para o recém-criado movimento de cidadãos que contestam esta obra, a solução para o problema passa pela alteração do projecto, através da trasladação do poste para outro local ou até mesmo da mudança de trajecto da linha ou do seu enterramento. Aos protestos dos moradores juntam-se os dos construtores dos prédios que formam a urbanização que afirmam não terem tido conhecimento desta situação antes de darem início à construção dos edifícios. Por esse motivo, avançaram com uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada para impedir a construção da linha nos moldes apresentados pela REN.A agravar a situação, as fundações para montagem do poste terão sido colocadas num local cedido pela Câmara Municipal de Almada ao condomínio para “uma zona verde de utilização colectiva”, tal como indicado num documento encaminhado para a Direcção de Planeamento e Administração do Território. Assim, a 24 de Agosto, a autarquia embargou a obra iniciada nesse mesmo mês mas, de acordo com os moradores, esta nunca parou efectivamente, tendo a construção dos alicerces ficado concluída já no início de Setembro. A instalação e passagem de cabos no local está prevista para Março do próximo ano.


















Protesto contra linha de alta tensão

2007/09/07

Moradores consideram que medida é ilegal e prejudicial para a saúde dos habitantes



Moradores da urbanização Quinta de São Macário, Almada, irão manifestar-se sábado contra a construção da linha de muito alta tensão junto ao local, considerando que a medida é ilegal e prejudicial para a saúde dos habitantes.


Bruno Silva, morador da urbanização, disse à Agência Lusa que alguns postos desta linha de muito alta tensão ficarão situados a 30 metros das habitações e a 100 metros do colégio Campo de Flores, uma escola com cerca de mil alunos, o que «põe em causa a saúde dos moradores e dos alunos do colégio».


Esta linha de muito alta tensão, a cargo da Rede Eléctrica Nacional (REN) pretende fazer a ligação entre as subestações de Fernão Ferro, no Seixal, e da Trafaria, em Almada, estando prevista a sua entrada em funcionamento a partir do início de 2009.


Os moradores envolvidos no protesto acusam a REN de estar a realizar a obra ilegalmente, visto que o terreno onde ficará situado o posto mais próximo da Quinta de São Macário «estava destinado a espaços verdes, como consta no alvará de loteamento aprovado pela Câmara».


Nesse sentido, a Câmara Municipal de Almada embargou a obra iniciada no início do mês de Agosto no passado dia 24 por considerar que «as obras isentas de licenciamento ou autorização devem contudo observar as normas legais e regulamentares que lhes forem aplicáveis».


«Verificaram os serviços que o poste está a ser implementado na parcela C, que por força do alvará de loteamento emitido pela Câmara Municipal de Almada foi cedida para o condomínio privado e de acordo com esse mesmo alvará se destina a zona verde de utilização colectiva», pode ler-se no documento encaminhado pela autarquia para a Direcção de Planeamento e Administração do Território.


O protesto agendado para sábado pretende «dar conta das ilegalidades que têm acompanhado este processo e mostrar o quanto esta instalação, tão próxima de focos populacionais, é inadmissível», declarou Bruno Silva.
METRO A METRO SE ENCHE A CABEÇA AOS TOLOS

Quando irá acabar a demagogia primária e a hipocrisia reinante na classe politiqueira que nós elegemos?
Quando é que, de uma vez por todas, alguém, com responsabilidades e com coragem, põe a nu o escandaloso esbanjar dos milhões de Euros, que a “nomenclatura” fiscal saca aos sacrificados contribuintes, para alimentar o “eléctrico” fantasma que circula entre a Cova da Piedade e Corroios, completamente às moscas?
Porque será que a população da região de Almada anda a “engolir” sapos vivos, limitando-se a um encolher de ombros, perante esta monstruosa e caricata mascarada?
Quem é que inventou essa de “Metropolitano Sul do Tejo”?
Como é que um “eléctrico” de via reduzida, sem possibilidades que entrar na rede ferroviária nacional, se pode considerar de Metropolitano?
Alguém sabe responder a tudo isto?

terça-feira, setembro 18, 2007

Amigalhaços...Marionetas...e Senhores Do Mundo! Tudo em Prol da Estabilidade???Só se for a deles...

Que sorrisos patéticos, também vindo destes marretas!









Sócrates apresenta prioridades europeias a Bush



Darfur, Kosovo e Médio Oriente foram os temas que dominaram o encontro entre o primeiro-ministro português e o presidente americano.


A reunião de Sócrates o Presidente George W. Bush na Casa Branca durou 45 minutos e abordou as relações Europa-Estados Unidos, principalmente no que respeita ao Darfur, Kosovo e o Médio Oriente. Os líderes foram parcos em pormenores quando a imprensa foi autorizada a entrar na Sala Oval, no fim da reunião. Dada a sensibilidade dos assuntos não é de admirar que nenhum dos líderes quisesse fazer grandes anúncios.


"Estamos empenhados em trabalhar juntos na tentativa de resolver esses problemas [Darfur, Kosovo e o Médio Oriente] ou pelo menos melhorar o seu enquadramento", adiantou Bush. Por seu lado, Sócrates limitou-se a afirmar que tinha tido "uma conversa muito simpática" com o Presidente dos EUA, agradecendo-lhe a oportunidade de lhe poder "apresentar as prioridades da Europa nos próximos meses".

(...)


Evitando mencionar pormenores sobre o encontro, Sócrates agradeceu a Bush por lhe permitir discutir os "temas mais delicados" tais como o Kosovo e o Médio Oriente. "Estamos a assistir ao avanço do processo de paz e isso é muito bom para o Médio Oriente, a Europa e o mundo. O nosso debate sobre o Kosovo mostra que a cooperação entre a Europa e os Estados Unidos é muito importante para a segurança e a estabilidade no mundo. A minha prioridade em relação ao Kosovo é manter a Europa unida".

(...)


Recorde-se que José Sócrates opôs-se à guerra e pouco tempo depois de iniciar o seu mandato, em Março de 2005, mandou retirar do Iraque um contingente da polícia militar portuguesa. No entanto, o apoio português a que Bush se referiu foi a ajuda económica à reconstrução do Iraque.

(...)

Noticia completa in Expresso online

Que trapalhada que vai para aqui...

Outro importante acontecimento:

Sócrates encerra exposição portuguesa nos EUA
A exposição Portugal: Abraçando o Globo recebeu mais de 300 mil visitantes na Smithsonian Institution, o maior museu do mundo.

O primeiro-ministro com o director do museu, Julian Raby (jew), durante a visita à exposição (foto)

O primeiro-ministro José Socrates encerrou ontem formalmente uma exposição na Smithsonian Institution, em Washington, que deu a conhecer aos americanos o legado dos descobrimentos marítimos de Portugal nos séculos XVI e XVII.

(...)

A julgar pelas críticas entusiasmadas do comissário responsável, a exposição ajudou os americanos a compreenderem o impacto que Portugal teve em vários países da Ásia, África, América do Sul e vice-versa.

(...)

Portugal: Abraçando o Globo tinha 250 artigos em exibição, ilustrando influências interculturais entre Portugal e três continentes.
As peças foram emprestadas pelo Museu Kunsthistorisches de Viena, Património Nacional de Madrid, Museu Staatliche de Berlim, Museu Marítimo de Greenwich da Grã-Bretanha, Museo Nazionale Preistorico ed Etnografico de Roma, Museu de Moscovo e Louvre.

Toda a noticia in Expresso online


E assim temos levar com o rótulo de influência de vários povos a anos luz da nossa cultura e etnicidade...haja paciência!

segunda-feira, setembro 17, 2007

Um Bem Haja Para Acções Como A que Teve O Nosso Presidente, José Pinto-Coelho

Pinto Coelho denuncia irregularidades no Canil Municipal

José Pinto-Coelho deslocou-se ontem à tarde ao Canil/Gatil Municipal, em Monsanto, com o propósito de verificar as condições de funcionamento do mesmo.

Há sérios indícios de que o espaço não cumpre a legislação em vigor. Entre outras situações condenáveis, há falta de condições de higiene e animais enjaulados de uma forma que os impede de se movimentarem convenientemente.

O candidato nacionalista considera que "um país que se pretende civilizado não pode pactuar com esta vergonha" e propõe um novo modelo de gestão do canil: "É preciso garantir um bom tratamento dos animais, dar assistência veterinária adequada e cuidar do espaço porque o canil, para além de disponibilizar cães e gatos para adopção, pode até servir para visitas de estudo e outros fins educativos".





Foi uma acção que louvo, foi uma acção que nenhum partido politico do sistema já ousou fazer. Como tal deveria ser notícia, já que é de uma sensibilidade que deve ser exposta para a sociedade, é um exemplo a seguir, sensibilizar os portugueses e levá-los a ter acções tão humanas como esta, que o nosso presidente teve.
Ajudar os animais, ser sensivel a estes casos de desumanidade que são constantemente cometidos é chamar à razão quem os comete e quem não se preocupa com eles.

Quanto aos média que discriminaram esta acção, não foi a acção em si que foi discriminada, mas sim, quem a fez. Por isso chamo a essa gentinha hipocritas e tachistas. Este país está cada dia mais degradado, os valores já são escassos e quem os tem prendem-lhes os movimentos.

domingo, setembro 09, 2007

Silves: Cidade Abalada, Sobreviveu a Um Prolongado e Duro Cerco e Duradoura Estiagem...Minha Cidade, Sobreviveste!

Existe uma grande confusão entre o conceito de Muçulmano e Árabe (Um árabe pode ser um muçulmano, mas um muçulmano pode não ser um árabe):

Muçulmanos - nome que abrange, além dos árabes, os povos submetidos (iemenitas, hadramitas, egípcios, berberes, maharitas, muladis... , e muitos outros) por estes que seguem o islamismo. Estes povos começaram então a cobiçar a Península, e numa dessas crises ocorridas em 710, pela primeira vez Tarif, num desembarque nesse mesmo ano, toma a zona onde hoje se situa a localidade de Tarifa (designação em função do nome do comandante muçulmano) na região da Andaluzia.

Em 711, os MULÇUMANOS (que incluem sírios, egípcios, persas e berberes) a partir do norte de África, comandados por um chefe de Tânger de nome Tarique, atravessam o estreito de Gibraltar, penetram profundamente na Península ocupando-a quase totalmente.

Os Muridines - (filósofos sufis) liderados por Abul-Qasim Ahmad ibn al-Husayn al-Quasi revoltam-se no Algarve contra o poder de Sevilha - Ibn al-Mundhir toma Silves com o apoio do Governador de Beja, Sidray ibn Wazir - Ibn al-Mubndhir e Sidray ibn Wazir tomam o castelo de Monchique - e cerca de 20 soldados tomam de assalto o castelo de Mértola - as Taifas de Mértola e Silves retomam a sua independência de Seviha

Os séculos XI, XII e XIII representaram para a cidade de Silves alterações profundas na sua constituição política, social e económica, transformando-a numa urbe.
Em 1189, cruzados em trânsito para a Terra Santa são incitados por D. Sancho I a conquistar a cidade.

Silves cai em poder cristão, após prolongado e duro cerco e duradoura estiagem.

Ainda no século XII (1191), apenas dois anos volvidos, Silves, volta novamente às mãos dos povos muçulmanos (bérberes).

Em 1253, a Reconquista terminou com a conquista definitiva de Silves pelas forças de D. Afonso III , aquando tropas comandadas por D. Paio Peres Correia, assolavam as principais fortalezas do Algarve e em 1255 integra a Coroa Portuguesa.
Após esta decisiva conquista a urbe é pertença de D. Afonso X, o rei de Castela que após assinatura do tratado de Badajoz, a oferta a seu neto D. Diniz.



Etimologia das palavras - o porquê do seu uso:
O território definido como a província do Algarve pertenceu à antiga província romana da Lusitânia, tendo posteriormente feito parte dos domínios visigodos.
No ano de 711, Tarik ibn Zyad passa o Estreito de Gibraltar e derrota o rei dos visigodos, Rodrigo, na batalha de Guadalete.
Em 712, Abd Al-Aziz Ben Mussa conquista o "Gharb Al Andaluz"; sendo Andaluz (palavra de origem latina que significa Terra dos Vândalos*) o nome dado ao território da Península Ibérica ocupado pelos Árabes, significando a palavra Gharb, Ocidente, ou, Al-Gharb, O Ocidente.

* No século V, Suevos, Vândalos, Asdingos e posteriormente os Visigodos, provenientes do norte da Europa, provocam a queda do Império Romano, invadindo-o. Porém, rapidamente a sua influência de dilui pela superioridade dos padrões culturais dos povos e territórios ocupados, adaptando-se em vez disso, e assimilando os modelos anteriores do povoamento e experiências culturais das populações autóctones.

sábado, setembro 08, 2007

Mega feijoada de choco enche Zona Ribeirinha de Alvor

Rancho do Calvário animou Festa da Partilha em Alvor

«A feijoada de choco de Alvor é deliciosa», dizia Quiqui, como é conhecida na vila de Alvor. Ela e centenas de outras pessoas provaram, na quinta-feira, a mega feijoada de choco na Zona Ribeirinha de Alvor, junto à antiga lota.

Tratou-se da «Festa da Partilha», uma iniciativa da Confraria de Gastrónomos do Algarve, que contou com o apoio da Câmara de Portimão e da Junta de Freguesia de Alvor, e que se assume como um «acto de solidariedade e de evocação dos valores algarvios, nomeadamente a generosidade e partilha dos bens».

Centenas de pessoas provaram cerca de 350 quilos do manjar, servidos em clima de festa ao som do Rancho Folclórico do Calvário. 300 quilos de choco, 80 quilos de arroz, 120 de feijão, 18 de tomate, 10 litros de azeite, seis quilos de sal e 60 de batata-doce foram alguns dos ingredientes essenciais para preparar a «Feijoada de Chocos à Confrade».

Começou a ser preparada às 7 horas da manhã, na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, sob o olhar atento do Chefe Leandro, contando com a participação da Associação dos Cozinheiros e Pasteleiros do Algarve e de voluntários.

A Confraria de Gastrónomos do Algarve foi constituída em 9 de Setembro de 2005 e que tem como objectivos promover a investigação do património gastronómico nos seus múltiplos aspectos, receituário, arte e técnica dos produtos regionais, contribuir para a elaboração de uma carta gastronómica, bem como defender e divulgar a autenticidade da gastronomia regional sem, no entanto, reprimir a sua evolução natural.



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sábado, setembro 01, 2007

Prisioneiro Diz a Verdade Que Viveu...Sobrevivente do Quê???

PAUL RASSINIER DESMENTE

A obra do historiador francês Paul Rassinier foi sem dúvida alguma a contribuição mais importante para restabelecer a verdade sobre o «holocausto» judaico. O valor dessa obra reside em primeiro lugar no facto de Rassinier ter sido ele próprio um detido dos campos de concentração alemães e, depois, no facto de, dado o seu carácter de socialista anti-nazi, não estar obviamente disposto a defender Hitler e o Nacional-Socialismo. No entanto, preocupado com a verdade histórica, Rassinier, até à sua morte, ocorrida em 1966, consagrou os anos do pós-guerra a investigações que levaram à mais completa refutação do mito dos 6 milhões.».

De 1933 a 1943 foi professor de História no liceu de Belfort, Academia de Besançon. Durante a guerra interveio na Resistência e foi preso pela Gestapo em 30 de Outubro de 1943. Ficou detido em Buchenwald e em Dora até ao final da guerra. Atingido pelo tifo nos últimos tempos da sua detenção e não conseguindo restabelecer-se por completo, teve de abandonar o ensino.

Condecorado com a medalha da Resistência e do Reconhecimento Francês, foi eleito deputado da Assembleia Constituinte, cargo que os comunistas lhe retiraram em Novembro de 1946. Rassinier empreendeu então uma análise sistemática das pretensas atrocidades alemãs, em particular do presumido extermínio de judeus.
Os seus livros são pouco conhecidos, o que não deve surpreender-nos. Nenhum foi publicado em português. Os mais importantes são A Mentira de Ulisses, estudo das condições de vida nos campos de concentração, baseado na sua própria experiência; Ulisses Atraiçoado pelos Seus, continuação do anterior, que prossegue na desmontagem das mentiras da propaganda anti-alemã; O Verdadeiro Processo Eichmann e O Drama dos Judeus Europeus, onde, através de uma análise estatística rigorosa, mostra como os factos foram intencionalmente deformados, ao mesmo tempo que examina as consequências políticas e financeiras da lenda do «extermínio» e a sua exploração levada a cabo por Israel e pelos países comunistas. Escreveu ainda Os Responsáveis da II Guerra Mundial, A Operação Vicario e outros de importância menor.

A Mentira de Ulisses faz alusão às histórias incríveis que costumam fazer parte dos relatos dos que regressam de países longínquos (muito mente quem de longe vem). Até à data da sua morte, Rassinier leu tudo o que se publicou sobre o «Holocausto» e tentou encontrar -- e encontrar-se -- com os autores dessas histórias. Desfez completamente as afirmações extravagantes de David Rousset que, no seu livro The Other Kingdom (Nova Iorque, 1947), pretendia que em Buchenwald havia câmaras de gás. Tendo ele mesmo estado em Buchenwald, provou que nesse campo nunca houve câmaras de gás

1. Interpelou também o padre Jean Paul Renard, que afirmara o mesmo no seu livro Chaines et Lumières. Na contestação com que este prelado respondeu à afirmação de Rassinier, afirmou que «...houve pessoas que lhe disseram havê-las»2. A seguir, Rassinier procedeu a uma verdadeira dissecação do livro de Denise Dufournier, Ravensbrück: The Women Camp of Death (Londres, 1948) e descobriu também que as únicas provas que a autora tinha eram «certos rumores»... Chegou ao mesmo resultado com os livros de Philip Friedman, This Was Auschwitz - The Story of a Murder Camp (Nova Iorque, 1950) e de Eugen Kogon, The Theory and Practice of Hell (Nova Iorque, 1950).

Nenhum desses autores foi capaz de apresentar uma só testemunha autêntica da existência de câmaras de gás em Auschwitz. Eles próprios não tinham visto nenhuma. Kogon pretendeu que uma ex-detida já falecida chamada Janda Weiss lhe tinha dito, a ele somente, que vira câmaras de gás em Auschwitz, mas, como já tinha falecido, como Kogon sustentava, Rassinier não pôde, naturalmente, pedir-lhe esclarecimentos.

Rassinier conseguiu encontrar-se com Benedikt Kautsky, autor do livro Teufel und Verdammte, onde pretendia que em Auschwitz haviam sido exterminados milhões de judeus. Kautsky limitou-se a confirmar o que já escrevera no livro, ou seja, que não tinha visto nunca câmaras de gás e que baseava as suas informações no que «...outros lhe tinham contado».

Segundo Rassinier, o Oscar da Literatura sobre o «extermínio» devia ser atribuído ao livro de Miklos Nyizli, Doctor at Auschwitz: «A falsificação dos factos, as contradições evidentes e as mentiras descaradas mostram que o autor fala de lugares que manifestamente nunca viu»3. Segundo este «doutor de Auschwitz», ter-se-iam exterminado ali diariamente 25.000 pessoas durante 4 anos e meio, o que representa um grande progresso relativamente às 24.000 diárias durante 2 anos e meio de Olga Lengyell. Tal cadência faria com que em 1945 nos encontrássemos com um total de 41 milhões de pessoas -- só em Auschwitz -- ou seja, duas vezes e meia a população judaica do mundo inteiro antes da guerra. Rassinier tentou descobrir a identidade da estranha «testemunha», mas foi-lhe dito que tinha morrido antes da publicação do livro, o que, obviamente, o levou à convicção de que tal pessoa nunca existiu.

Depois da guerra Rassinier visitou todos os cantos da Europa à procura de uma testemunha ocular de extermínios em câmaras de gás em campos de concentração alemães. Não encontrou uma única. Nenhum dos autores dos numerosos livros que acusavam os alemães do extermínio de judeus tinha visto alguma vez uma câmara de gás construída com esse propósito, e menos ainda uma câmara de gás a funcionar. Nenhum autor conseguiu apresentar uma testemunha autêntica, viva, que tivesse visto uma só câmara de gás. Invariavelmente, os ex-detidos como Renard, Kautsky e Kogon, baseavam as suas afirmações, não no que realmente tinham visto, mas no que «ouviram dizer» a pessoas «dignas de fé», mas que, por uma lamentável casualidade, tinham todas falecido e não podiam, por isso, confirmar ou desmentir as afirmações feitas.

O mais importante dos factos que surgem dos estudos de Rassinier e sobre o qual não fica dúvida alguma é a mentira, a lenda das «câmaras de gás». Investigações feitas no lugar revelaram de maneira irrefutável que, contrariamente às declarações das «testemunhas» sobreviventes, nunca houve câmaras de gás em nenhum dos campos de concentração alemães, sejam Buchenwald, Bergen-Belsen, Ravensbrück, Dachau, Dora, Mauthausen ou outros. O facto foi certificado em primeiro lugar por Stephen Pinter do Ministério da Guerra dos Estados Unidos, e hoje admitido e reconhecido oficialmente pelo Instituto de História Contemporânea de Munique4.

Como faz notar Rassinier, não obstante a verdade histórica oficial não faltaram «testemunhas» que, no processo contra Eichmann, fossem declarar de novo terem visto em Bergen-Belsen prisioneiros partirem para as câmaras de gás.

No que se refere aos campos do Leste, na Polónia, Rassinier mostra que a única «prova» da existência de câmaras de gás em Treblinka, Chelmno, Belzec, Majdanek e Sobibor é o relatório do ex-oficial das SS, Kurt Gerstein, cuja autenticidade foi total e definitivamente impugnada5. De início pretendeu terem-se exterminado 40 milhões de pessoas durante a guerra, número absurdo que na primeira declaração escrita e assinada reduziu para 25 milhões e que voltou a reduzir na segunda. Recordemos ainda que, depois de declarações tão precisas, se suicidou (?!) na prisão.

A autenticidade das notas de Gerstein foi tão duvidosa que nem o tribunal de Nuremberga, não obstante todas as tentativas, conseguiu aceitá-las... No entanto, continuam a circular por aí, em três versões diferentes, uma alemã (distribuída nas escolas) e duas francesas, mesmo apesar de não concordarem entre si. Foi a versão alemã que serviu como «prova de convicção» no processo Eichmann em 1961... 6

Finalmente, Rassinier chama a atenção para uma confissão importante feita pelo Dr. Kubovy, director do Centro Mundial de Documentação Judaica Contemporânea de Telavive, em La Terre Retrouvée: que não existe uma só ordem escrita de extermínio procedente de Hitler, de Himmler, de Heydrich, de Goering, nem de ninguém7.



Rassinier nega o número de 6 milhões

O nosso autor, baseando-se numa análise estatística muito minuciosa, prova a total falsidade do número de 6 milhões adoptado por razões de propaganda. Por um lado, aumentou-se artificialmente o número da população judaica antes da guerra, ignorando propositadamente todas as emigrações e evacuações. Por outro, reduziu-se, também artificialmente, o número de sobreviventes em 1945. Este último foi o método usado pelo Congresso Mundial Judaico. Rassinier repudia também todos os depoimentos, escritos ou verbais, das «testemunhas» do género antes citado que indicam o número de 6 milhões, visto estarem cheios de contradições, exageros e mentiras. Termina, realçando o facto muito significativo desse número não ter sido mencionado no processo de Eichmann: «No processo de Jerusalém a acusação viu-se consideravelmente enfraquecida pela ausência do seu motivo central: os 6 milhões de judeus europeus que se pretende terem sido exterminados em câmaras de gás. Esta alegação conseguiu impor-se facilmente logo depois da guerra, aproveitando o caos geral, espiritual e material. Mas hoje já foram publicados muitos documentos que não estavam disponíveis no momento dos processos de Nuremberga e que provam que apesar dos judeus terem sido prejudicados e perseguidos pelo regime hitleriano, não pôde haver 6 milhões de vítimas»8.



A emigração como solução final

Rassinier afirma ainda que o governo do III Reich não teve nunca outra política em relação aos judeus que não fosse fazê-los sair da Alemanha. Depois da promulgação das leis raciais de Nuremberga em Setembro de 1934, os alemães negociaram com os ingleses o envio dos judeus alemães para a Palestina na base da Declaração Balfour. Quando esse plano fracassou, pediram a outros países que aceitassem a imigração judaica, pedido que todos recusaram9. O projecto de emigração para a Palestina foi retomado em 1938, mas voltou a fracassar em face da obstinação dos organismos internacionais judaicos, mais interessados numa política hostil ao III Reich e propiciadora da guerra que na salvação dos próprios irmãos de raça10. O Reich conseguiu, apesar de todas estas dificuldades, fazer emigrar a maioria dos judeus alemães, sobretudo para os Estados Unidos. Rassinier fala também da negativa francesa de aceitar nos finais de 1940 o plano de emigração dos judeus para Madagáscar e analisa as alternativas posteriores dessa negociação.


Os judeus, recorda Rassinier, tinham declarado a guerra financeira, económica -- e a outra -- à Alemanha em 1933 e, por isso, foram internados em campos de concentração «...que é o que fazem todos os países em guerra com os cidadãos dos países inimigos... Decidiu agrupá-los e fazê-los trabalhar num imenso ghetto instalado no final de 1941 - depois da invasão à URSS - nos territórios do Leste, perto da antiga fronteira que separava a Rússia da Polónia: em Auschwitz, Chelmno, Belzec, Majdanek, Treblinka, etc. Deveriam esperar ali o final da guerra, até que pudessem reiniciar-se as negociações internacionais que decidiriam o seu futuro»9.
Rassinier insiste na exploração deliberada da lenda do «holocausto» tendo como fim vantagens políticas e financeiras e considera que a União Soviética e Israel se puseram de acordo para explorar o «filão». Faz notar que, depois de 1950, se viu aparecer a avalanche de livros fraudulentos a propósito do «extermínio» que traziam o selo das organizações cujas actividades estão sincronizadas de tal maneira que só podem ter sido concebidas de comum acordo. A primeira é o Comité de Investigação dos Crimes e Criminosos de Guerra auspiciada pelos comunistas de Varsóvia, a segunda, o Centro Mundial de Documentação Judaica Contemporânea, de Paris e Telavive. As suas publicações aparecem em momentos favoráveis de clima político e no que se refere à União Soviética, Rassinier afirma que tem por único objectivo distrair a atenção sobre as suas próprias actividades.




Notas:
1 - Paul Rassinier,
Le Mensonge d'Ulysse, pág. 209 e sgtes.
2 - Ibid. id., op. cit., pág. 209 e sgtes.
3 - Paul Rassinier,
Le Drame des Juifs Européens, pág. 52.
4 - Organismo de orientação notoriamente sionista.
5 - As «confissões» foram arrancadas a Kurt Gerstein por meio de torturas e de ameaças de entregar a família aos soviéticos. Há alguns anos, o Prof. Henri Rocques, francês, que, perto da sua reforma começou o doutoramento em Direito, apresentou como tese doutoral, ao terminá-lo,
um estudo sobre o famoso Relatório Gerstein, utilizado como prova contra numerosos acusados de genocídio nos campos de concentração alemães. A tese de Rocques recebeu o Prémio Nacional. Rebentou um escândalo enorme e o Ministro da Educação Nacional sentiu-se na «obrigação» de anular tal prémio. O presidente do júri que o tinha concedido a Rocques foi passado à reforma compulsiva por decreto do próprio Ministro. Rocques, pela sua parte, foi despojado do seu título de Doutor em Direito e do correspondente diploma. Além disso, foi proibida a publicação da sua tese em forma de livro ou mesmo em artigos separados. Henri Rocques levantou um processo à Administração Universitária francesa. Já passaram vários anos. Temos a impressão que Rocques vai ter de esperar ainda muito tempo...
6 - Paul Rassinier, Le Drame des Juifs Européens, págs. 31 e 39.
7 - Paul Rassinier, Le Drame des Juifs Européens, pág. 125.
8 - Ibid. id., op. cit., pág. 20.
9 - Ibid. id.,
Le Véritable Procès Eichmann, pág. 20.. .
10 - Trata-se de uma referência ao Plano Haavara, acordo que o III Reich procurou estabelecer com as autoridades judaicas da Palestina no sentido destas colaborarem na emigração dos judeus alemães para esse país. Ver a notável obra de Roger Garaudy,
Les Mythes Fondateurs de la Politique Israélienne.