segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Boa Noticia - Lusitânia em Museu no Fundão

Arqueologia - Artefactos do paleolítico

Lusitânia em museu

Um conjunto de machados expostos no Museu Arqueológico José Monteiro, inaugurado no Fundão

Várias peças arqueológicas que retratam a forma de vida dos lusitanos e artefactos usados no período entre o paleolítico e o romano podem ser agora apreciadas no Museu Arqueológico José Monteiro, no Fundão, um espaço cultural desejado há 60 anos e que em breve irá mostrar objectos pessoas de António Guterres.

O museu foi baptizado de José Monteiro em homenagem ao advogado fundanense que passou grande parte da vida em investigações arqueológicas no concelho e que reuniu um espólio importante e com grande significado.

O novo espaço cultural do Fundão reúne colecções de objectos do quotidiano pré e proto-históricos – da pré-História ao século V –, cuja componente epigráfica lhe confere uma singularidade inédita. Trata-se de conjuntos romanos e pré-romanos, machados e exemplares de peças com inscrições seculares.Na prática, o museu alberga dezenas de peças arqueológicas que no passado estavam espalhadas por vários edifícios da cidade, algumas em péssimas condições, mas que agora podem ser apreciadas pelo público.

O museu servirá também para albergar exposições temporárias e uma das primeiras será a dos objectos pessoais que o ex-primeiro-ministro António Guterres – natural do concelho – doou ao município. Aliás, o actual Alto Comissário das Nações Unidas Para os Refugiados foi convidado para a cerimónia de ontem, mas a sua agenda impediu que estivesse presente. Salientando que o museu “é um dos que melhor retrata a vida dos lusitanos”, o director do espaço, João Rosa, adiantando que este é “um ponto de partida para visitas aos locais onde se percebe como tudo se passava na época”. “Queremos que o museu seja um espaço vivo, aberto a toda a comunidade”, adiantou. Manuel Frexes, presidente da Câmara do Fundão, salientou, por seu turno, que um concelho só evolui “se preservar o seu passado” e “investir na cultura”.Considerando que o museu é “um bom testemunho do repovoamento da Beira Interior”, Fernando Real, director do Instituto Português de Arqueologia, avançou com um elogio: “Está bem apetrechado.”



NOTAS

- É talvez a secção do museu que mais público vai atrair.
Trata-se da epigrafia funerária utilizada pelos lusitanos em locais relacionados com a morte e religião. São peças descobertas nas últimas décadas que técnicos da Câmara Municipal do Fundão recuperaram e preservaram. As diversas inscrições históricas estão bem conservadas e visíveis.

- No espaço cultural podem ainda ver-se conjuntos cerâmicos romanos e pré-romanos, uma diversidade de machados, vasilhas onde eram guardados a água e azeite, mós e as marcas miliárias. São colunas sub-cilíndricas de pedra, com 1,50 de altura que indicavam as milhas (mil passos) de distância entre aldeias.

- Outro tesouro que o Museu Arqueológico José Monteiro guarda é o exemplar de um tear da época dos romanos. Apesar de ter algumas semelhanças com os teares tradicionais que todos nós conhecemos, a verdade é que tem a particularidade de os fios serem esticados por pedras.

- O museu foi inaugurado pelo presidente da Câmara do Fundão e contou com a presença do director do Instituto Português de Arqueologia, representante do IPPAR e outros agentes culturais da região. “É mais um motivo de interesse turístico para o nosso concelho”, disse o autarca.




PORMENORES

INVESTIMENTO

O Museu Arqueológico José Monteiro ocupa o Solar Falcão d’Elvas, na rua do Serrão, no centro histórico do Fundão. Trata-se de um investimento de 600 mil euros, financiado na íntegra pela Câmara Municipal, cujo espólio é composto por 400 peças.



OUTROS ESPAÇOS

Além do museu, o edifício alberga um pequeno auditório, uma sala para exposições temporárias, um laboratório de conservação e restauro e uma biblioteca técnica de arqueologia e história da arte.



INVESTIGADORES

Colaboraram na criação do museu investigadores portugueses (Jorge Alarcão, Pedro Carvalho, Raquel Vilaça e José Encarnação) e espanhóis (Socorro Plaza, Ángel Esparza, Jesus Liz e Manuel Salinas).



Luís Oliveira, Viseu

domingo, fevereiro 04, 2007

Caminhada pela Natureza e pela Tradição!

III Marcha / Passeio Pedestre “Amendoeiras em Flor” em Alta Mora – Castro Marim



A Associação Recreativa, Cultural e Desportiva dos Amigos da Alta Mora, começa no dia 11 de Fevereiro, Domingo, a nova temporada de actividades desportivas e culturais, sendo a “III Marcha/Passeio Amendoeiras em Flor” o 1º tema proposto por esta associação.


O início do passeio está previsto para as 9:45h, na sede social da ARCDAA (antiga Escola Primária de Alta Mora). O valor da inscrição é de 6€ e inclui seguro, carro de apoio e almoço de confraternização no final da caminhada...

O percurso possui uma extensão de aproximadamente 9 km e passa, na sua maior parte, por caminhos de terra batida, atravessando vales, montes, ribeiras e áreas de amendoal da Cumeada de Alta Mora.

Observar as amendoeiras em flor e praticar actividade física, num ambiente saudável e de boa disposição, são boas razões para se inscrever neste passeio, organizado pela ARCDAA , com o apoio da Câmara Municipal de Castro Marim.


Para mais informações contacte a ARCDAA pelos telefones: 963 336 104/281 531 778 ou por correio electrónico valmat@portugalmail.pt / arcdaa@sapo.pt ou arcdaa@gmail.com. Visite também o site arcdaa.no.sapo.pt