(Zog Média)Manifestação nacionalista defende nova "restauração" da independênciaUma manifestação organizada pelo Partido Nacional Renovador (PNR), de extrema-direita, juntou nos Restauradores (Lisboa) cerca de 50 pessoas
(aldra...) empunhando cartazes contra os imigrantes e defendendo uma nova Restauração da Independência,
tendo a iniciativa decorrido sem incidentes.A manifestação, que coincidiu com a realização das cerimónias comemorativas do 1.º de Dezembro de 1640, deslocou-se até ao Largo do Martim Moniz.
Empunhando bandeiras de Portugal e do PNR, os manifestantes percorreram a baixa lisboeta entoando, por várias vezes, o hino nacional e palavras de ordem como
"Apesar da traição, Portugal tem solução"."Estamos a ser invadidos. Alto à imigração! Portugal é dos portugueses" e
"Não nos lixem o futuro. Portugal sempre!"eram as inscrições de alguns cartazes empunhados pelos manifestantes.
Discursando no Largo do Martim Moniz, o presidente do PNR, José Pinto Coelho, criticou as comemorações oficiais do 1.º de Dezembro, defendendo que estas
"não têm alma e são uma autêntica farsa sem sentido"."Somos governados por sucessivos traidores. E somos nós que temos que despertar a consciência dos portugueses", afirmou o presidente do PNR, acrescentando que o país vive
"numa ditadura democrática"."O nacionalismo está para vencer e para crescer", reforçou José Pinto Coelho, defendendo uma nova
"restauração" da independência."Não queremos que Portugal seja diluído numa confederação europeia artificial. Não queremos que Portugal seja tratado como uma [empresa] multinacional" , concluiu.
Durante a manifestação, que foi acompanhada por duas equipas da PSP com 14 agentes, houve trocas de agressões verbais entre os manifestantes e alguns transeuntes, mas sem consequências.
Agência LUSA2006-12-01 19:20:01Restauração: Homenagem a heróis marcada por manif nacionalistaNo dia em que Portugal comemora 366 da reconquista da sua independência, a Câmara Municipal de Lisboa prestou homenagem aos Heróis da Restauração, na presença de dezenas de pessoas e de uma manifestação do Partido Nacional Renovador (PNR).O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carmona Rodrigues, que presidiu à homenagem, menosprezou a acção de protesto, afirmando que «ao longo de nove séculos de História sempre houve varias opiniões». «Felizmente, desde o 25 de Abril que há liberdade de opinião, mas este sentido nacional e patriótico deve ser posto em prática no dia a dia», disse Carmona Rodrigues.O presidente da CML afirmou ainda que «há sempre um aproveitamento destas ocasiões», mas que não atribui importância.
Para o presidente do Partido Nacional renovador (PNR), José Pinto Coelho, «estas comemorações oficiais não passam de acções politicamente correctas, desprovidas de alma».
Os cerca de cem militantes e simpatizantes do PNR iniciaram a sua manifestação na Praça dos Restauradores, seguiram para o Rossio, tendo-se concentrado no Martim Moniz, porque «há 32 anos que os sucessivos governos praticam políticas anti-nacionais de dissolução da pátria, consentindo a invasão de Portugal por outros povos».«Portugal está a perder a sua identidade», acusou José Pinto Coelho, acrescentando que «o país precisa mais do que nunca de uma nova Restauração».